Querer incondicional
Um suspiro antes de tentar.
Dois passos a sua direção.
Dúvidas fervilhando na mente.
Uma só guerreira contra as dúvidas, Querer.
E tem há quem afirme não ser poder.
Servida de uma taça de vinho, tentei apresentar-me interessante. Acomodei-a ao balcão, pois, estas mãos são hábeis ao manuseio de míseros copos. E meu foco estava voltado ao sucesso.
O riso disfarçado, provocante.
O olhar de cima a baixo, algozes.
Movimento cauteloso, curioso.
A primeira palavra, desafiador.
Vencer! Nada mais. Nada de protótipo e aquecimento. Nunca gostei dessa divisão de classes, ainda mais quando as regras são universais. Etiquetas são meras informações que se desmaterializam a pragmática; débeis complicações ao fazer.
O desinteresse latejava, repulsivo.
O descaso eclodia, previsível.
O fugir transparecia, superior.
Decisivamente, brandi um olhar ao aparente contrário. Supus o nascer do apocalipse racional: o repúdio comunitário ao trocado por alguém preconizado inferior.
Uma única questão, desacreditado.
Posto a pensar por si só, balburdia.
O fermentado de uva, amigo exemplar, ameaçado em ser abandonado?! Inadmissível! O movimento involuntário de segurar o braço e a legenda de "já vai?", vitória.
O homem da noite, bagaço.