A Alegria.
A Alegria
Junto com a prima Vera, veio também a Alegria.
As duas andavam felizes, mas a Alegria contagiava a todos.
Carnaval? Não...simplesmente a alegria de viver.
A Alegria colocava-se em destaque provocando a alegria dos presentes.
Olhos verdes,não muito alta. Achava que a altura atrapalharia seu visual.
Gostava de ser vista pelos maiores, mas também pelos pequenos.
Olhos vibrantes, cada olhar , um desmonte, não havia que a encarasse sem sorrir.
Andar desajeitado, nem muito sério, nem tampouco escandaloso,
Um leve rebolado, não para chamar a atenção, mas para dizer que a alegria deve ser solta,
Destituída de trancas e marras. Mas sem exageros. Senão vira falsidade.
Um respirar e um modo de falar alegre, sorridente, delicado, mas não doce o bastante para ofender, nem todos precisam de sorrisos, às vezes apenas de companhia, uma palavra de amizade.
Cabelos, soltos. Isso a Alegria exigiu. Nada que a impeça de sentir o vento, eram como suspiros de alegria pela sua passagem.
Queria poder chegar em cada coração, mas mesmo ela não conseguia, a Alegria nem sempre é bem vinda, há pessoas que preferem a amargura, o mal querer, a tristeza. Cultivam este sentimento como se eu não existisse. Fico ali a espiar, aguardo meu momento como aguardam os palhaços para entrarem no palco e fazer o seu show.