Encostado no batente da porta, ele a olhava esperando sua resposta.
A moça foi até o banheiro e trouxe-lhe o anel.
- Porque não estou à venda, Sr. Rocha. Muitos vieram com a mesma estratégia e não me sentí bem. Tome o seu anel e passar bem! 
Fechou a porta e se Henrique não desse um passo atrás, sua mão seria esmagada.
Ele sorriu e ficou imóvel parado no corredor. 
Estava hospedado alí, à duas portas da suíte dela, mas pareciam tão distantes... Talvez jamais tivesse a chance de tê-la tão perto como vinha sonhando.
Pensou em bater novamente, mas recuou e foi para seu quarto. Saiu do hotel naquela madrugada e foi para casa, num lugar afastado e requintado. Um palácio localizado bem  na Serra da Tijuca.
Ficou pensativo e sua certeza se agigantou. Ela era a mulher ideal. Seria para sempre o amor da sua vida.
Após fechar a porta com rispidez, Rebecca jogou-se na cama e chorou.
Mais tarde Cícero chegou e uma discussão acalorada quase a fez romper seu contrato. Decidiram deixar a conversa para o dia seguinte, quando ambos estivessem mais calmos.
Rebecca custou a dormir, as cenas lhe vinham à cabeça. Estava certa da sua decisão. Não era uma mulher fútil. Não se renderia por um anel de brilhante. Um solitário que nunca vira igual, ponderou.
Cláudia Machado
Enviado por Cláudia Machado em 20/11/2019
Reeditado em 23/11/2019
Código do texto: T6799758
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