A LÚDICA VIDA DE LUDOVICO
No meu primeiro dia de faculdade, a gargalhada foi geral quando o professor falou meu nome na chamada. Mas agora levo numa boa. Sempre tem aqueles comentários que isso é nome de velho, que não tem nada a ver com minha cara...
Foi coisa do meu “coroa”, tem “mermo” não. Sou um preto pigmeu de cabelo microfone, amigo de todo mundo… mas sempre tem racista otário que acha que tamanho é documento e eu vou ter medo de reagir! Os vagabundos só esquecem que o saco fica mais perto do meu braço. Derrubei um monte com um “boxe” naquela região.
Fora da faculdade, trabalho numa daquelas barracas de praia lá de Copacabana. Quando o freguês é bobão, não devolvo troco não. Sou bom no atendimento e sempre deixo o cliente satisfeito, mas sabe como é… Vida difícil, cada centavo conta.
Saio com as freguesas é só querer. De vez em quanto tento a sorte com casada, uma vez o maridão apareceu. Nem falo isso com ninguém pra não escutar sermão.
A vida é minha, parceiro! E é nessa vida que minha família tá botando muita fé: quero mostrar que eu sou tão bom quanto eles acham!