Os cinco irmãos.

Um dos cinco irmãos,

Era o Querêncio.

Queria tocar violino,

Mas não tinha dinheiro

Para custear o ensino.

Resolveu então...

Aprender a tocar violão.

Com o filho do seu João.

Pois este recebia

Seu soldo, em pão...

Feito por dona Maria.

O outro, era o Juvêncio.

Queria pilotar avião.

Virou motorista,

Passa a vida na estrada...

Só chega de madrugada,

Sempre com seu caminhão.

Faz sucesso!

Transportando o progresso...

Cumpre sua missão.

Aí vem, o Terêncio.

Que queria ser presidente,

Pra acabar com a violência...

_Pois neste mundo,

Tem tanta demência!

Entrou pra polícia...

Chegou a tenente,

Sobe morros,

Invade favelas sempre.

E todo dia...

Troca tiro com bandido.

Se o malandro entra em fria...

É sinônimo de dever cumprido.

Demêncio, é o mais normal,

Diz o pai... Seu Juvenal:

_Ele acha que Demente,

É seu irmão tenente.

Que virou policial,

Querendo ser presidente.

Diz Demêncio...

Com um graveto na boca:

_Eu prefiro o mais banal...

Fico aqui, zelando animal.

Enquanto um tá na favela,

Outro na estrada.

E o último, no hospital!

Bem lembrado!

Inocêncio, o último filho...

Só pensava em ser advogado

Ou executivo...

Trabalhar em um escritório.

Foi para a faculdade...

Se formou psiquiatra.

Hoje, trabalha na cidade,

Cuidando dos loucos

No sanatório.

Enquanto a esposa,

Aqui na vila...

Cuida do empório.

_ Tudo bem, tudo normal!

Dona Maria, nos diz assim.

Enquanto varre o quintal,

Com sua vassoura de capim.

Deste jeito Brasileiro...

Jeitinho, bem mineiro!

Explicada tim-tim por tim-tim...

Mais esta poesia,

Chegou ao fim.

Poesia escrita em:

2010

Sonival Fraga
Enviado por Sonival Fraga em 29/10/2019
Código do texto: T6782163
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