RIO ANTIGO - PARTE II
Incêndio (parece atual especialidade carioca...) em 2016, no oitavo andar do prédio da Escola de Belas Artes, na Ilha do Fundão, e desde então fechado o Museu Dom João VI, da UFRJ, que guarda incríveis peças pouco conhecidas, como por exemplo desenhos arquitetônicos de Grandjean de MONTIGNY, obras de estudantes da antiga Academia Imperial das Belas Artes e quadros de Eliseu VISCONTI; a EBA ocupara o prédio do Museu Nacional de Belas Artes, na avenida Rio Branco, no centro, e na mudança para o Fundão uma parte do acervo ficou no MNBA e a outra seguiu para o Museu Dom João VI (cerca de 3.600 obras e 6.200 documentos, se não há exagero), no sétimo andar do prédio parcialmente atingido, reabertura prevista para o segundo semestre de 2020. ----- Ainda no Rio muitos tesouros em salas fechadas. ----- No prédio da Santa Casa da Misericórdia, rua Santa Luzia, também centro, o Museu da Farmácia, farmácia típica do século XIX, acervo raríssimo: potes franceses de porcelana e vidro, microscópios e formas para fabricação de remédios - agendamento para visitas por e-mail. ----- Outro tesouro no Arquivo Nacional, praça da República, também centro: documento original da Lei Áurea, não exposto, mas numa sala com controle de segurança, temperatura e umidade - 130 anos da abolição da escravatura. ----- Descoberto em 2011, o sítio arqueológico do Cais do Valongo, declarado pela UNESCO Patrimônio da Humanidade, história 'escondida', armazenadas num galpão da Gamboa mais de 500 mil peças (colares, pedras, amuletos) achadas nas escavações das obras de revitalização da Zona Portuária. ----- Fechado para obras (até quando?), o Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro, no Parque da Cidade, muita memória do Rio, como estandarte da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, de 1808, coleção de estandartes do século XIX e maquete da cabeça do Cristo Redentor, reabertura prevista em 2019. ----- O Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, vinculado à UFRJ, construção destruída por terrível incêndio em setembro/2018, o mais antigo do país - foi moradia da Família Real, tinha 20 milhões de peças no acervo, coleções importantíssimas das áreas de geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia biológica, arqueologia e etnologia. CDA diria: "E AGORA, JOSÉ(-s)?"
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FONTE:
"Rio tem 'mapa do tesouro' com obras de arte inacessíveis", artigo de SIMONE CANDIDA - Rio, jornal O Globo, 9/9/18.
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