Lobo

Seus olhos de caninos foram os raios de sol que faltava para aquecer a minha alma. Me trazer de volta a vida perdida em meio a aquela nevasca. Ele uivava e não tirava os olhos de mim. Como se quisesse que o seguir-se pela chuva forte de neve pura e branca.

Lobo então me guiava entre a nevasca e eu então o seguia em busca de um lugar seguro. Nevava bastante, um homem solitário, um aventureiro perdido nas entranhas frias da natureza.

Era como se eu e Lobo, já nos conhecemos muito tempo antes. Talvez como se fosse numa outra vida, era o que eu sentia. Enquanto ele praticamente salvara minha vida. Naquele momento estávamos então unidos, era mais do quer um amigo.

Ao longe parecia esfriar os meus ossos o vento que escorria pelas montanhas e descia pelos vales. Não sabia e nem imaginava que me veria a mim perder nas entranhas frias da natureza.

Lobo era mais alvo que a própria neve, parecia um anjo em forma de um grande lobo. Em forma de um grande e eterno amigo, que graça a sua amizade sobrevivi a três meses de um inverno rigoroso. Que serviu para forjar o meu corpo e a minha alma.

Era eu e Lobo dois selvagens nas estranhas gélidas da mãe natureza. Lobo foi o guia para os meus olhos e para minha alma. Perdida no inferno gélido em plena natureza. Sobrevivi nas planícies gélidas até sentir o gosto quente do calor do sol sobre a face do meu rosto. Então partir em pleno verão, mas a saudade de Lobo me fez voltar para viver para sempre na natureza.