Tatá na Jaguaribe 36
Os Teosofistas tem como fundamento a afirmação de que não há religião maior que a verdade. Eis a base, A Verdade.
A verdade conduz o homem ao lugar indiscernível e incontaminável que sempre existiu no recôndito do ser, no mais íntimo do coração do homem, onde não há noite, a luz que brilha não deixa espaço para sombra, revela o É. Aquele(a) que sempre fomos.
Qualquer caminho que as religiões do mundo estabelecer fora desta força atrativa, contribuirá para a ascensão e progresso dela mesma, não do seu principal personagem, o adepto. Não contribuirão para ascensão e libertação das Almas da ignorância do Ser, mas para o aceleramento do aniquilamento definitivo da raça, amontoando culpa e mais culpa, medo na psique, além das adquiridas pela humanidade na história, pelo caminho da guerra e de toda sorte de corrupção humana.
Cada vez que reino dos céus é colocado em lugar distante, algo a ser vivido somente sob certas condições de tempo, num porvir que descarta qualquer possibilidade de antecipação em vida de sua realização, impraticável no agora, ele é corrompido, forjado pela ladroagem noturna.
E que religião maior teríamos como modelo para servir de referência para o sucesso do religar interior, para o renascimento do homem e da mulher, que há milênios os senhores do carma esperam ver realizado na humanidade? aquela estabelecida entre a Alma e Deus num corpo físico no agora, no já?
Jesus, o Cristo, foi o derradeiro, mesmo não interferindo na política e na liberdade individual, e muito menos intencionando instituir uma religião como a única para todos, disse que o reino dos céus era dentro do ser humano, não fora, que teríamos que renascer por nós mesmos.
O império da verdade grita no coração do homem, pede para se revelar, libertar o ser aprisionado pela ignorância, daí o amontoado de patologias e doenças da Alma; angústias, apelos, suicídios e depressões, violências de toda sorte, o culto à coisa inanimada corpórea, nutrindo o embatumamento da Alma. No seu ápice, leva ao curtume , submundo onde os perdidos e abandonados reinam.
Que crença ou corrente religiosa seria ideal, senão aquela divindade eleita, vivida em estado latente, onde pede a intrepidez, a coragem de cada ser vivente de se pegar pelas mãos, e trilhar o caminho de volta, fazendo a entrega à Fonte Suprema do ser, para que o verdadeiro Ser seja empossado no palco interior.
Para que o discípulo e o mestre se apresente dentro de si, e o duelo entre o ego e a personalidade venha ser estabelecido, sem intermediadores, e finalmente, o filho do homem renasça por ele mesmo. É preciso fazer a entrega.