Tatá na Jaguaribe 22
Tatá na Jaguaribe 22
Quando dormiu, naquela madrugada, depois de entrar apressadamente para o interior da casa, e se deitar, dormiu quase que instantaneamente.
Logo foi a passagem. Se viu no interior de uma grande casa, de paredes altas, passou caminhar de um cômodo ao outro, muitas roupas amontoadas, camas, algumas com idosos deitados. Concluiu que deveria ser alguma acomodação para pessoas necessitadas, doentes, mas no profundo do ser sinalizou que era uma Casa que acolhia Velhinho.
Foi confirmado quando se deparou com uma porta aberta de um cômodo. Sentiu de entrar, caminhava vagarosamente na intensão de permitir que o olhar investigativo pudesse obter informação, o máximo possível.
Quando dirigiu o olhar para frente, repousou o olhar na imagem que disse tudo. Havia três velhinhos sentados, um apoiando o outro, encostados na cabeceira de uma cama de casal.
Passaram olhar desesperadamente para Tatá, que estavam de pé diante deles, muito aflitos, telepaticamente comunicavam que estavam próximos a morrer, que tinham medo do que poderia ser depois, do outro lado.
Não haviam palavras, mas surpreendentemente, pelo olhar dos velhinhos, Tatá entendia o que queriam transmitir.
Tatá, por pura compaixão passou chorar com eles. Imediatamente passou a dizer palavras de conforto e segurança, numa tranquilidade que provinha da convicção que cada palavra que externava era verdadeira.
Amorosamente dizia, como que cantando: Não se afligem! Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, À sombra do onipotente descansará.
Repetiu por várias vezes a frase aos velhinho, que foram diminuindo a expressão de sofrimento, até esboçarem leve sorriso de descanso, sinalizando que encontraram-se na não localidade indicada no verso, onde é a morada de Deus. Estavam de partida, descansados pelo despertar da compreensão.
Tatá como que ejetada, foi levada de volta para o despertar. Era seis horas da manhã, os passarinhos cantavam no quintal.