APITARIA "VIRA" NOTÍCIA - PARTE II

Instável período político e ninguém pode ter intuição de nada ou saber com nitidez o dia de amanhã.

Escritório de firma sueca em frente à embaixada dos States; lá de cima dava para escutar barulhos na rua e vice-versa.

Foi em 1965, fevereiro ou março... por acaso ano do Quarto Centenário do Rio de Janeiro. Muitas programações festivas.

De repente uma gritaria em tom agudo, qualquer coisa dita em inglês. Curiosos nas janelas, outros largaram as escritas contábeis e desceram.

Perseguição real ou carro em alta velocidade, o certo é que os dois carros se chocaram, o motorista da embaixada perdeu a direção, subiu na calçada e quase invadiu um bar. Verdade ou não, histeria premonitória ou imaginação prodigiosa num emocional clima de incertezas e angústias, a passageira norte-americana, alta funcionária (alguém a identificou), afirmou em depoimento que três homens iriam sequestrá-la; daí, gritou, assustou-os e o tal carro sumiu na corrida. Quem era, quem não era, seriam /ela afirmou que os viu/ o Homem-Morcego, o Batman e........ e......... ela não era muito boa no tema "super-heróis"... não conseguiu nomear o terceiro pseudo sequestrador nem o motorista do grupo. Fantasias de carnaval ou não, as pessoas ao redor vacilavam entre ajudar ou fugir. Mas fugir de quê, perseguição automobilística já acabada!

No dia seguinte, a "quase" sequestradinha já estava indo de volta a Washington.

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De verdade, quatro anos depois, novidade: o sequestro do embaixador dos Estados Unidos por brasileiros revoltados... mas aí, é história e não estória com dúbias versões.

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LEIAM meu trabalho "Denunciar (ou não) o quê?"

F I M

Rubemar Alves
Enviado por Rubemar Alves em 14/09/2019
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