DESCRIÇÃO DE UM ASSASSINATO COVARDE

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“... alguma forma

de me livrar dele, assim, bem rápido.

Já que ele era tão, tão... estranho,

irritante, - importante? - pra mim.

Irritante... Sim...

Eu; sem saber direito como faria,

o que já estava fazendo...

Aguardando-o no fundo de sua casa.

Só sei que ele... era esquisito, mal-educado...

E vinha aparecendo,

mais, e mais, e mais... nas ruas, nos supermercados,

os mesmos lugares que frequento.

Eu precisava disso, eu precisava demais...

Dar um jeito, eu sempre preciso... de um jeito...

... De me livrar, deste cara.

“Alguma coisa, alguma arma

“aqui está, aqui está... a... COISA!!

... a arma... arma do crime. A pacificadora...

eu nunca atirei, eu não sei, se sei”

Errei o primeiro, mas o segundo, NA MIRA.

Arranquei...esse cara estranho, boçal...

Irritante de minha vida, arranquei.

Tirei o couro de sua face... E comigo levei.

... formas de me livrar dele, sem ninguém saber?

O que eu estava fazendo...?

Entrei em sua casa... e o matei!

Só porque o achava... Estranho.

Só porque o achava... Esquisito demais.”

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