UMA ESTORIA DOS TEMPOS MODERNOS.

Desde tempos imemoriais, o progresso

sempre foi combatido por mentes que

se recusavam a aceitá-lo...

E mesmo assim, o mundo continuou...

Osculos e amplexos,

Marcial

Texto publicado em 07/12/2013, mas vale a pena relembrar...

UMA ESTORIA DOS TEMPOS MODERNOS

Marcial Salaverry

Desde tempos imemoriais, a cada experimento novo, a cada nova invenção, sempre se erguia um certo clamor popular contra “essas novidades que só vão nos causar dor de cabeça”. Vamos analisar o que se teria passado muitos e muitos nos atrás com um certo Antonio, filho de Luiz e Silvia.

Imaginem que quando garoto espantou-se ao ver o som saindo de dentro de uma caixinha. Havia vozes lá. Como poderiam as pessoas caber lá dentro? Veio a saber que o som vinha por certas ondas que haviam no espaço. Feliz da vida foi levar a novidade a seus pais, que o proibiram de sequer chegar perto “dessa coisa do demo”, ele bem que tentou explicar a seus pais que não era nada disso, que era o progresso, e que com o rádio (assim se chamava a “coisa”), poderiam ouvir notícias de povos distantes.

Mas não teve jeito, seus pais não entenderam e não quiseram aceitar semelhante absurdo. Só poderia ser coisa do demo, fechar as pessoas naquela caixinha, imagine se os pegassem também?

Antonio ficou revoltado com a ignorância de seus pais, que não aceitaram o progresso, e se recusaram a sequer tentar entender o que era aquilo.

Passou-se o tempo, as coisas evoluíram.

Antonio cresceu, casou-se, teve filhos. Um deles, recebeu o nome de Gabriel, e uma bela tarde, Gabriel, fascinado, viu na casa de um seu amigo uma caixa grande com pessoas lá dentro, falando, dançando, cantando. Ficou curioso, quis saber o que era aquilo. Explicaram que era a Televisão. Que as pessoas estavam longe, sendo filmadas com câmeras especiais, e que as imagens chegavam até lá. E era possível ver coisas que se passavam longe. Poderiam ver os artistas, de quem só conheciam as vozes.

Feliz da vida correu para casa, para levar a novidade para Antonio. Este, por sempre ter sido bitolado, esqueceu-se do que ocorrera com seus pais e o rádio, e ficou horrorizado com a novidade... Onde já se viu, colocarem as pessoas naquela caixa? E se pegassem a gente? Em vão Gabriel tentou explicar a evolução da transmissão de som e imagens. Seus pais simplesmente fecharam os olhos e os ouvidos aos seus argumentos e nunca poderiam admitir a entrada daquela “máquina do Demo” em seu lar... E assim, a história se repetiu...

Gabriel cresceu, sempre bitolado por aquelas idéias que lhe foram impostas por seus pais, casou, teve filhos. Um deles recebeu o nome de Antonio, em homenagem a seu pai. Bem, Antonio foi estudar na casa de um colega, e foi apresentado ao computador...

E está ainda tentando convencer Gabriel de que o computador não é nenhuma máquina do demo e que realmente é possível comunicar-se em poucos segundos com países longínquos, e tudo aquilo que nós sabemos, mas que Gabriel, que viveu fechado em seu mundinho particular, sempre bitolado pelas idéias que lhe foram incutidas por seus pais, nunca se abriu para o progresso, pois nunca estudou para acompanhar a evolução que vinha acontecendo.

É isso o que acontece com as pessoas que se fecham em suas idéias, e que não acompanham o que vai ocorrendo no mundo. As descobertas e a evolução da tecnologia e da ciência caminham a passos rápidos. E todo aquele que não estudar, que não acompanhar a evolução das coisas, ficará como essa nossa hipotética família, perdida em suas idéias retrógradas, recusando-se a aceitar o progresso e os benefícios que ele nos traz.

Pensem nisso. É necessário sempre estar atento a tudo o que se passa no mundo. A cada instante novas descobertas são feitas. E o que hoje é uma tremenda novidade, amanhã será sucata. Como sucateadas serão as pessoas que não acompanharem essa evolução, deixando-se ficar na mesmice, por preguiça, por ignorância, ou por ambos os motivos.

Vamos então encarar a vida e o mundo como eles são, esquecendo preconceitos velhos ou novos, pois são esses preconceitos que podem nos levar a fechar os olhos para o mundo, sem conseguir acompanhar o progresso, e o que de novo surgir por aí.

E que melhor maneira para isso, do que tendo UM LINDO DIA? E certamente aceitando que um tal de smartphone permite que se veja com quem se fala, ainda que estejam em paises distantes...e não é coisa do "demo"...

Marcial Salaverry
Enviado por Marcial Salaverry em 21/06/2019
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