AS DÚVIDAS DE LUZIA - BVIW


Luzia acordara com um copo de Schopenhauer para o café da manhã e sentiu-se bebendo a ilimitação do desejo com sua limitada realização. E provando mais daquela essência, para que prazer na vida, se ele cessa? Não bastando, sabia que os filósofos da atualidade debatiam a inteligência do pessimismo.

Se continuasse assim, seu almoço seria com Pondé num tempero em que otimismo em excesso poderia levar ao fracasso, e otimismo sem pessimismo formaria uma sociedade ingênua. Teria estômago para uma refeição desta? Luzia puxou a cadeira e sentou-se disposta a aprender com o negro dia. Por fim, concluiu que entre otimismo e pessimismo, não havia um mocinho e um bandido; os dois deviam se aliar na formação de uma mente sensata.

Estava nessa lua quando Túlio lhe telefonou. Poderia jurar que os olhos dele brilhavam como se morassem onde a felicidade se projetava. –Luzia! Já decidiu com que roupa iremos nos casar? - Ainda está pensando em roupa de época?! Não! Não tinha mais aquelas ideias e nem teria dúvidas como princípio de sabedoria. Seu jantar seria com a razão & emoção. E durante a semana, semearia esperança no futuro, no amor e na beleza dos dias.
Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 11/06/2019
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