Entre Tulipas e Orvalho (BVIW)
Ao folhear um livro de poesias, de Gabriela Mistral (nascida no Chile), Elizabeth leu com mais atenção às poesias com os títulos: “Portas”, “Orvalho” e “Embalando”. Gabriela recebeu o Premio Nobel, em 1945. A poesia a começar pelos títulos tem esse encantador poder da magia, de levar o leitor a imaginar as cenas, sensações e de certa forma, viajar em cada verso.
Por exemplo, a palavra portas tem em seus diversos significados e imagens, que dependendo da leitura de mundo de cada um, referem-se à liberdade, solidão, e ainda a inevitável passagem do tempo... se uma porta antiga de madeira ou de ferro for observada na rua, ou estiver pintada em uma tela. A poesia dialoga com o olhar e pensamento do leitor é uma “mágica” ao alcance das mãos.
Sobre à palavra orvalho envolve e delineia em suas delicadas gotas transparentes, a lembrança dos amanheceres passados, das flores e campos cobertos de tênues brilhos à espera do sol, atemporal e poético orvalho.
Quanto à Elizabeth, ela continuou à leitura do livro, e deixou-se levar pela beleza e bem-vindo voo - devaneio - inspirado pela poesia... E antes de fechar o livro, tocou com carinho às pétalas de tulipas vermelhas, agora já esmaecidas, que deixou entre algumas páginas.
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