Victor
- Mas cada um tem seu tempo, é preciso respeitá-lo. Até porque você não vai precisar do aval de ninguém para entrar nisso, entende? Eles irão te abençoar, rezar, por fim, querer seu bem.
A resposta me fizera saltar o olhos, que diante aquela estrada de terra focavam diretamente para o porta luvas do carro, como quem quisesse se esconder depois de ser inconveniente o bastante em assuntos como aquele.
Victor era exatamente o que seu nome nos anunciava. Fosse pela pouca idade, músculos apertados na camisa polo, futuro profissional, perfeita dicção e excelente escolha musical. Era uma daquelas pessoas que era quase impossível não se apaixonar, o que pra mim era improvável já que o anel na mão esquerda demostrava que ele já possuía alguém.
Pra mim bastava a companhia e carona noturna, ele era como nos contos alguém estável e sabia que naquele momento era o que eu precisava para conversar sobre meu recém interesse por coisas de meninos.