DE UM SEMINÁRIO SOBRE A LÍNGUA PORTUGUESA - PARTE VII (cont. 1)

Segunda aula - mesmo tema (abstrato), mesmo assunto (concreto - tema desenvolvido).

LÍNGUAS LATINAS OU ROMÂNICAS - A romanização (caráter político-econômico - da região do Lácio para o mundo!) foi a espontânea (bom, não havia outra opção...) assimilação da língua e da cultura de Roma pelos povos conquistados, ainda que os conquistadores não as impusessem, tolerantes em relação à língua e à religião - continuação do latim falado na România, nome que designava o conjunto de territórios ocupados entre os séculos III a. C. e V d. C. Motivos: soldados casavam com mulheres locais (ah, o amor e a necessidade de... carne fresca bem assada, massagens, colchão quentinho...); mercadores e funcionários romanos mantendo estreito contato com o povo; pouca ou nenhuma unidade linguística nem cultural entre os povos invadidos, daí aceitarem as novidades trazidas pelos invasores. Expansão por quase toda a Europa ocidental, parte da África, Ásia e Oriente Próximo. ----- Alguns dialetos menores desapareceram, outros estruturaram-se melhor. ----- Apenas 6 línguas são oficiais - português, espanhol, italiano, francês, romeno e rético. ----- NOVOS IDIOMAS:

PORTUGUÊS (nascido no século XII) - falado em Portugal, na província espanhola da Galíci ou Galiza, no Brasil, na Ilhada Madeira, nos Açores e nas então colônias portuguesas, já mencionadas na aula anterior (VII).

ESPANHOL ou CASTELHANO (século XII) - falado na Espanha e nos antigos domínios, notadamente em terras americanas: no sul, Argentina, Bolívia, Peru etc.; na América central, no México e algumas ilhas do arquipélago das Antilhas; nas Filipinas --- na Espanha, dos vários dialetos falados ao final da Idade Média, prevaleceu o de Castela.

CATALÃO - falado na Catalunha, na maior parte da região de Valência, nos vales de Andorra, nas ilhas Baleares, no departamento francês dos Pirineus Orientais, na zona oriental de Aragon e na cidade de Alguero (costa noroeste da Sardenha).

FRANCÊS (século IX) - falado na França (exceto na Bretanha e no Sul), na Bélgica, na Suíça, em Mônaco, no Canadá, na Luisiânia, no Haiti, na Tunísia, em Marrocos e nas antigas colônias francesas da Ásia, da África, a América e na Oceania.

FRANCO-PROVENÇAL (século X) - falado na região da Provença, sul da França, em Sabóia e em algumas regiões da Suíça francesa e e numa parte do franco Condado, até a Lorena --- teve papel destacado na literatura medieval, exercendo forte influência sobre o trovadorismo português. ----- O franco-provençal participa ao mesmo tempo das características do francês e do provençal, mas com qualidades próprias para se constituir em língua independente - domínio estende-se pelos altos vales alpinos, do Grande São Bernardo aos afluentes do Rio Pó, na Suíça Normanda, no sul do Departamento de Doules e do Jura, nos Departamentos do Ain, Ródano, do Loire, no norte de Dione, no Isère, na Sabóia na Alta Sabóia. Esta língua não representa feição literária - reconhecida e definida pelo romanista italiano Ascoli, porém R. A. Hall Jr. negou independência, considerando-a apenas uma zona centro-oesteda área de transição entre o francês do norte e o resto do mundo romano.

ITALIANO (século XII) - falado na Itália continental e peninsular, na região, na Córsega, na Sicília, no cantão suíço do Ticino, em alguns vales dos Grisões (não na Sardenha), em San Marino e nas antigas colônias italianas da Ásia e da África.

SARDO - falado na maior parte da Sardenha (forma bastante arcaica da língua românica).

RETO-ROMANO, RÉTICO, ROMANCHE ou LADINO - quarta língua oficial da Suíça, ao lado do alemão, do francês e do italiano - falado num parte do cantão dos Grisões, Suíça, em alguns vales e leste de Bolzano (Tirol) e na planície de Friul.

ROMENO ou VALÁQUIO - falado na Romênia, em algumas regiões limítrofes ou isoladas dos países vizinhos e ao norte da Macedônia, próximo ao monte Olimpo.

DÁLMATA ou DALMÁTICO - atual língua morta - falado no litoral da Dalmácia (Balcã, região da Iugoslávia) e ilhas vizinhas do Adriático, até o século XIX - tensa infiltração de elementos eslavos e venezianos na Dalmácia acarretou a morte do idioma em 1898 - idoso Udina, o último falante do idioma.

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FONTE:

Recortes de diversos livros didáticos.

F I M

Rubemar Alves
Enviado por Rubemar Alves em 06/04/2019
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