INFELICIDADE
Tinha chovido e ele se sentia infeliz. A vida era
estranha. Diante do espelho não se reconhecia.
Sabia que isso era sintoma da saudade. Sabia
também que qualquer resquício de saudade era
um sinal de fraqueza. Debruçado na janela ficou
olhando a paisagem da rua. De tudo restou ape-
nas o silêncio e essa infelicidade que nunca
saía de cena.