O homem das flores - Capítulo 3.
- Parabéns pra você! Nesta data querida muitas felicidades, muitos anos de vida! E para o Léo nada! Tudo! – Era a festa de aniversário de Leonardo, o menino estava completando naquele dia sete anos de idade.
A festança foi organizada no gramado da fazenda, próximo às flores, que estavam separadas dos convidados por uma enorme cerca colocada de maneira provisória ali. Uma enorme mesa enfeitada com temas infantis chamava a atenção da garotada que olhava admirada para aquela enorme quantidade de deliciosas guloseimas. Na mesa havia brigadeiros, beijinhos, olhos de sogra, pãezinhos recheados com carne, cachorro quente com bastante molho, hambúrguer com queijo; além de refrigerantes e sucos; é claro, tinha o bolo, aliás, muito grande e bonito. O bolo era quadrado, com cobertura de chocolate e uns confeitos coloridos nas laterais, e em cima estava escrito, Parabéns pra você.
Era uma gritaria só. Enquanto os adultos conversavam e ouviam música, as crianças corriam. Eram meninos e meninas, alguns da mesma idade de Léo, alguns mais novos e outros um pouco mais velhos.
- Crianças venham comer! – Gritou a mãe do aniversariante. Uma mulher roliça, de olhos saltados e grandes, cabelos engordurados e as mãos cujos dedos pareciam palitos de chocolate.
Poucas crianças obedeceram ao chamado. As que ouviram, se aproximavam, pegavam alguma coisa para comer e já saiam disparadas, iguais a foguetes que voam para o espaço. Nenhuma delas queria saber das comidas e tampouco das bebidas. O que mais importava para cada uma delas naquele momento era correr, pular, brincar, pois naquele dia a diversão estava em primeiro lugar.
Um trovão foi ouvido. Léo, que brincava ao lado de outros meninos, deu um pulo quando um raio riscou o céu de fora a fora. Saíram correndo, buscando se proteger da tempestade que se aproximava.
- Acabou a festa. – Disse Tadeu, avô do menino, a um amigo da família.