GENTILEZA gera GENTILEZA
... então, mesmo com o barulho de músicas carnavalescas,
senti que alguém, com mãos leves,
tocava nos meus ombros.
Com uma voz mais que suave,
me disse ao ouvido:
sabia que ia encontrá-la aqui.
{Festa em frente à minha casa... pudera...!}
Como de costume,
adiantou-se, e com muita delicadeza,
fez menção de beijar-me.
Propus que não, pois,
devido o calor intenso que fazia,
sentia-me ligeiramente suada,
embora tivesse saído de um banho
próprio para uma tarde de carnaval...
... mesmo assim, com o respeito que lhe é peculiar,
disse: licença! À vontade, respondi(!)
Ficou ao meu lado, sorridente,
e feito um adulto inveterado,
apreciava a folia,
tão absorto quanto eu!
{... e num solfejo, me disse: sinto muito sua falta. Precisamos comentar nossas leituras, como sempre o fizemos. Acenei com um sorriso e uma sonora gargalhada. Ele entendeu o porquê da minha colocação}
Ríamos à vontade,
da desenvoltura daqueles jovens travestidos de virgens!
Passado algum tempo,
uma nuvem ameaçou gotejar sobre nós.
Num ímpeto, convidei-o
para degustar um vinho
e saborear alguns queijos que eu tanto aprecio!
Com um sorriso maroto,
disse-me que achava aquele convite meio tentador!
Dirigimos-nos para minha casa,
degustamos o vinho,
e feito dois ratos, abusamos dos queijos!
Depois de conversarmos sobre assuntos vários,
acompanhamos a "procissão carnavalesca"
e prometemos que esse encontro se repetirá
sempre que possível,
pois, nossa amizade está acima de toda e qualquer suspeita.
Somos amigos,
e sempre apreciamos um bom vinho!!
CaminheirA
02/03/19