Escritores Recanto da Meia-Noite
Dos litorais, do interior, no planalto central.
Eles se espalham, se dividem cobrem o mapa nacional
Saem dos becos, das esquinas, das casas, vielas, ruinhas,das fazenda, dos cantos, dos centros, sempre ativos, ligados, on line, de dia, de noite, sem hora, agora.
São zumbis do conhecimento, ligados a um recanto movimento.
Alguns alternativos, outros formais, os mais romântico, críticos, os de ideais, radicais, em defesa da vida, do amor, da alegria, da amizade, da saúde, da biologia, das diversidades, das sociais. Alguns são futuristas, outros realistas, divididos, unidos, separados, juntos, contrários ou lado a lado.
São uma legião de silêncio, de som, de movimento estático.
São filhos da preocupação, da fome de mudar, do desejo de expressar, da ânsia de viver, do medo de esquecer, da brincadeira do trocadilhos.
Se movem sorrateiramente com mentes grandes borbulhantes, de palavras, de sonhos, de gritos, de exclusão, de excluídos, de liberdades, de mentiras, de ficção, de verdades, de política, de história, de democracia, de ditadura, de geografia, de comédia, de conto.
São um grupo desagrupado, que sem tamanho toma força, que sem medo cria verso, que atingem uns aos outros em constantes mudanças eternas.
Sem diplomas ou diplomados, se arriscam em letras, se descobrem em palavras, se descrevem em textos, sonham em poemas, gritam em crônicas e se dissovem em cartas.
Se reconhecem em leituras, não se conhecem em olhares.Vivem espalhados pelas cidadades, agentes descritores de um mundo frenético ditam a seu modo cada um sua realidade.
Se dirigem a uma tela, usam arma de teclado; pra ferir, pra amar, pra politizar, pra fantaziar, pra rir, pra mudar, pra minimizar os medos, ampliar os pensamentos, escancarar emoções.
Alguns de mascáras, outros não, seguem seus motivos e todos desejam quem sabe um dia escrever tudo em livro.