CENAS COMUNS, INFELIZMENTE!
Esses dias... vi dois vídeos, através da rede mundial de computadores, que me assustaram de forma diferente: o primeiro, uma jovem espancando sem dó nem piedade, a uma criança indefesa, se utilizando de uma crueldade desumana que chocou todos aqueles que puderam assistir ao vídeo e todos registravam sua indignação através dos comentários... Até então, tudo bem! Qualquer pessoa descente e de bom senso, o faria.
Fiquei horrorizado! Imaginando uma filha ou neta sofrendo tal agressão, creio que sentiram o mesmo, as pessoas todas, diante do vídeo. Cenas que infelizmente, têm se tornado, assíduas nos dias de hoje, ou só agora presenciadas por câmeras escondidas e/ou testemunhas.
No segundo vídeo, vi a mesma jovem sendo espancada, arrastada pelos cabelos no meio da rua, jogada na fogueira, como na horripilante e condenável inquisição. Tudo isso promovido por seres racionais com sede de vingança, querendo fazer justiça com as próprias mãos. Só não a mataram queimada, porque a polícia interveio e resguardou a jovem de tal ato insano e tão violento quanto o próprio ato da moça diante de uma criança.
Os transeuntes perderam toda a sua razão, partiram como “lobos” em busca da presa. Violência para combater violência, isso não é justiça. Existe um policiamento, existe Lei para tratar de erros grotescos como esse da jovem, não cabe à população tal linchamento, muito menos sair matando todo àquele que comete um erro, mesmo que este seja de tal gravidade.
E para completar o meu espanto diante de tamanha crueldade, ainda vi muita gente compartilhando os vídeos nas redes sociais, elogiando a população furiosa e “justiceira”, dizendo: - é isso mesmo! Tinha que tirar o couro, dessa “vaca”! Dessa “vagabunda”! Ela merecia era morrer mesmo! E por aí vai...
Olho por olho e dente por dente. E Jesus disse: orai por vossos inimigos... A justiça precisa começar dentro de nós mesmos, é obvio que a gente não tem que se acomodar diante das injustiças e das atrocidades dos dias atuais, mas buscar a justiça dentro da Lei de Deus e da Lei dos homens.
Não concordei com os atos do segundo vídeo, expus a minha opinião nos grupos dos quais faço parte e fui “crucificado”, mas continuei com o mesmo pensamento e senso de justiça que brota do fundo do meu coração. Entendendo que todo aquele que comete um erro, tem o direito de ter uma oportunidade para repensar, rever suas atitudes e se arrepender e se permitir mudar. Parece, hoje, um clichê, mas posso citar a frase de Jesus, mais uma vez: quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra!
Meu Deus! Eu cheio e erros... E se fosse eu? Sendo apedrejado, condenado sem um julgamento prévio? Deus meu! As pessoas “pedindo” a vida pelos erros cometidos? Isso é justo? Eu não teria a chance de me arrepender! Eu não teria a chance de nascer de novo como disse Jesus a Nicodemos.
Eh! Se todas as vezes que nos dispusermos a condenar os atos alheios, nos víssemos no lugar do outro, talvez as nossas reações fossem outras. É para refletir!