Novos Sapatos
Meus sapatos estão ficando gastos. Gastos pelo tempo e pelas andanças nos caminhos que, desde criança, a vida me impõe.
Os cadarços já não se atam e meus pés por dentro se matam, já que o andarilho não lhes protegem mais do frio e de todos os sais das águas, das pedras e da areia que encontram pelo caminho.
São eles hoje já folgados e completamente macios. Muito embora algum dia tenham lutado contra meus pés, apertando-os e obrigando-os determinadamente a tomar a forma que tinham. Contudo, vencidos, eles cederam e tomaram a forma dos tais.
Hoje, já não lutam, apenas seguem e não disputam, somente se desgastam cada dia mais e mais e, ficando velhos, o fim da vida ou de uma estrada comprida me anunciam.
É mesmo uma pena que os sapatos se desgastem. Que por não resistirem se descosturem, criem furos e se rasguem, se fartando assim dos obstáculos desse mundo menor. Queria andar toda a vida com os mesmos sapatos. Que permanecessem eles os mesmos, independente de todos os fatos.
Meus velhos sapatos... Terão de ser trocados. Mas a fôrma dos meus pés, quero sempre que sejam fiéis. Quero que sejam tão somente a mesma por toda a vida. Pois embora saiba que em algum momento necessitem estar em outro andarilho, quero que sejam eles os mesmos pés que se abrigaram nestes velhos sapatos.
Continuarei seguindo estrada a fora, tendo a ciência de que a qualidade de vida de um homem está refletida nos seus sapatos. Os meus denunciam a minha luta, mostram que tipo de estrada estou a percorrer. Talvez reflitam também a minha alma, o meu caminho... O meu ser!
Quanto mais velhos estão ficando os meus sapatos, mais tenho a certeza de que melhor pessoa eu posso ser. Mais conhecedora dos caminhos dessa vida, das estradas regulares ou totalmente destruídas. E assim sinto que mais experiente deve ser a alma de quem os usa sapatos assim.
Meus velhos sapatos... Terão de ser trocados. Mas as formas que meus pés tomaram, hão de me ajudar. E eu rogo sempre para que elas me sejam úteis. E mesmo que algum dia tenham que estar em outros sapatos... Que me sejam fiéis!
Meus sapatos... Terão que ser trocados... Mas a forma dos meus pés me serão novamente fiéis!
Meus sapatos estão ficando gastos. Gastos pelo tempo e pelas andanças nos caminhos que, desde criança, a vida me impõe.
Os cadarços já não se atam e meus pés por dentro se matam, já que o andarilho não lhes protegem mais do frio e de todos os sais das águas, das pedras e da areia que encontram pelo caminho.
São eles hoje já folgados e completamente macios. Muito embora algum dia tenham lutado contra meus pés, apertando-os e obrigando-os determinadamente a tomar a forma que tinham. Contudo, vencidos, eles cederam e tomaram a forma dos tais.
Hoje, já não lutam, apenas seguem e não disputam, somente se desgastam cada dia mais e mais e, ficando velhos, o fim da vida ou de uma estrada comprida me anunciam.
É mesmo uma pena que os sapatos se desgastem. Que por não resistirem se descosturem, criem furos e se rasguem, se fartando assim dos obstáculos desse mundo menor. Queria andar toda a vida com os mesmos sapatos. Que permanecessem eles os mesmos, independente de todos os fatos.
Meus velhos sapatos... Terão de ser trocados. Mas a fôrma dos meus pés, quero sempre que sejam fiéis. Quero que sejam tão somente a mesma por toda a vida. Pois embora saiba que em algum momento necessitem estar em outro andarilho, quero que sejam eles os mesmos pés que se abrigaram nestes velhos sapatos.
Continuarei seguindo estrada a fora, tendo a ciência de que a qualidade de vida de um homem está refletida nos seus sapatos. Os meus denunciam a minha luta, mostram que tipo de estrada estou a percorrer. Talvez reflitam também a minha alma, o meu caminho... O meu ser!
Quanto mais velhos estão ficando os meus sapatos, mais tenho a certeza de que melhor pessoa eu posso ser. Mais conhecedora dos caminhos dessa vida, das estradas regulares ou totalmente destruídas. E assim sinto que mais experiente deve ser a alma de quem os usa sapatos assim.
Meus velhos sapatos... Terão de ser trocados. Mas as formas que meus pés tomaram, hão de me ajudar. E eu rogo sempre para que elas me sejam úteis. E mesmo que algum dia tenham que estar em outros sapatos... Que me sejam fiéis!
Meus sapatos... Terão que ser trocados... Mas a forma dos meus pés me serão novamente fiéis!