Crime e castigo
Era um poeta mais ou menos. Mais para menos do que para mais, mas o eufemismo se faz necessário pra não se chocar vaidades. Entretanto havia um porém onde devia reinar a autocrítica: se achava o Fernando Pessoa em pessoa. Em uma manhã de chuva de muitos alagamentos e pouca inspiração o camburão estacionou na sua porta. Fora preso por assassinar, com requintes de crueldade, o coitado do Português. Alegou em sua defesa a tal da licença poética.