Short story com final feliz
Todos os dias, cedo da manhã, acordava o mar em chutes delicados nas brumas que insistiam atirar-se aos seus pés. Olhava o horizonte num vagar triste, melancólico, desejoso de desvanecer-se nas águas tal qual o sal da terra. Um dia descobriu um rochedo. Nele sentou-se e continuou a olhar o horizonte por noites e dias a fio. Um itinerante rotineiro indagou:
- Por quem tanto espera, resignada criatura?
- Pelo meu amor. Um dia ele entrou num barquinho dizendo que ia voltar, seguiu em direção do nascer do sol até ser tragado pela linha do horizonte. Desde então eu fico aqui, à espera que em algum momento o horizonte devolva as cores da minha vida ou que o mar me entregue uma garrafa de náufrago.
- Ó, minha triste menina, é fácil cumprir sua sina: crie um perfil no Facebook que logo-logo você o acha ou ele acha você.