A mulher perfeita
Ele vê uma mulher perfeita desfilando pela calçada: corpo escultural e sensualidade de ninfa. Nos lábios, batom vermelho-pecado pedindo para ser removido por um beijo. Passou por ele e deixou cair o lenço dois passos adiante. O suspense ficou no ar. Quase sem fôlego, ele disse:
- Ei... fofinha!
Ela se abaixou bruscamente, recolheu o lenço à bolsa, virou para trás e disse furibunda:
- Fofinha é a puta que lhe pariu!
E seguiu em frente com seu andar provocante em busca de uma alma que saiba a diferença entre um corpo de mulher e uma almofada.