.PARA TODO O SEMPRE.

Porque sinto desilusão de minhas atitudes?

_Farei o que me der vontade, foi o que disse a mim mesmo, antes de pegar o meu crachá e sair para o trabalho, meu dia estava deslumbrante, meu celular dança em meu bolso recebendo mensagens de minha bela amada, e que mensagens, me deixavam cada vez mais entusiasmado, e como todos os dias da minha vida, sempre tem um porém, com todavia, no entanto e também um, mas, acabei por me descontrolar, discutir, ofender, rebaixar e até mesmo denegrir, não por um sentimento momentista mas por algo que ja havia em mim a muito tempo, por um cansaço de segurar aquilo por mais tempo, bom, até quando eu iria prendê-lo, enfim, acabei discutindo com um babaca passageiro em minha vida e acabei jurado de morte, bom, tenho força para trocar alguns socos, agora, tiros nem tanto, achei que era flerte, apenas um deboche, por isso não liguei, tão pouco me importei, até fui sarcástico com a situação, passou uma, duas, três horas e cá estou eu, indo para a casa de meu poço de carinho, minha tão bela inspiração para meu melhores atos, entro no primeiro depois no segundo e enfim desço do terceiro ônibus no sexto ponto, enfrente a um colégio, la estavam seis jovens, mal encarados, mas viro-me e continuo em meu caminho, um deles grita:

Ei, é ele!

Meu coração palpitante me paralisa, viro-me e os encaro, eles estão vindo em minha direção, o último deles saca uma Nove Milímetros, prata e com detalhes dourados em seu cano, de certo modo, era linda, senti um aperto no peito mas isso não me impede de virar-me e correr, Corro tão rápido possível, e finalmente chego em meu destino, grito minha futura mulher mas ela não me escuta, meu sogro chega logo após, entro junto com ele, o cumprimento e pergunto de minha amada, bom, mesmo sendo completamente ignorado, entro e a vejo, meu coração dói, vou abraça-la mas ela entra no banheiro, acho que porque não me viu, me declaro para ela escorado na porta, ela não diz nada, sento no sofá e a espero completamente frustrado, finalmente ela sai, senta do meu lado chorando olhando em seu celular, eu a abraço, beijo-a e peço para que pare, ignorado com sucesso novamente, paro e a olho, pergunto o que eu tinha feito, e me desculpo, ela começa a se perguntar desesperada:

_ O porque meu Deus, O porque meu Deus, O porque meu Deus?

Sinto-me desesperado, e escuto um barulho, alto, que não a encomoda, e cada vez vai ficando mais alto,

sinto-me com emoções de que nunca tinha provado antes, de uma maneira completamente nova, vozes chamam-me dentro de minha cabeça, e tudo se apaga, meu peito dói, e ouço o estrondoso som alto mais uma longa e última vez até minhas essências, pensamentos, sentimentos e convicções irem embora para todo o sempre.