AMOR NOS TEMPOS DO FIM – PARTE 1

Eu sonhei que vi um anjo. Vi um homem jovem, no meu sonho, que me dizia que o mundo iria acabar em breve. Todas as coisas seriam removidas de seus alicerces, até que Cristo viesse, quase no final da Tribulação. Eu acordei com muito medo, no meio da noite, suando e tremendo de medo. A impressão nítida, é que o fim era para amanhã, ou já, ou breve, brevíssimo. Eu andava numa rua de terra e ao meu lado, a cada passo lento, que dava, a escuridão vinha seguindo meus passos e o mundo, que ficava para trás, ia entrando num período de densas trevas. Eu vi ao longe, montanhas e uma grande tempestade nas montanhas e uma voz dizia que o fim estava chegando. Eu comecei a chorar pela alma de todas as pessoas que iriam morrer na Tribulação e também pelas que ficariam vivas nesse tempo. Mas quando o meu coração imaginou o sofrimento dos cristãos que iriam passar pela Tribulação, ai que o meu coração gelou. Diferentemente do que pregava-se por ai, erroneamente, não existia uma segunda vinda de Cristo, antes da Tribulação, isso era irreal e não condizia com o que os apóstolos e Cristo ensinou. O anjo estava parado no ar, de branco, com uma espada de fogo numa das mãos, apontada para baixo. Imaginei a sua destreza em empunhar aquela espada. De repente vi o mundo pegando fogo, um fogo t~çao alto que chegava nas alturas. O anjo pairava no ar dizendo com uma voz mansa, que o mundo iria acabar. Todas as bases do mundo seriam abaladas e não ficariam pedras sobre pedras, em lugar algum. Ele me disse, prepara-te, que Deus ainda tem uma mensagem para você pregar, no tempo do fim. Aquilo, vindo naquela hora me surpreendeu demais, apesar de que sempre imaginava que Deus deveria ter um exército de pessoas preparadas no pior dessa terra, para poder suportar levar o Evangelho nos dias finais. Eu me achava uma dessas pessoas, porque não se explicava, de forma alguma, tantas provações e privações que tive na minha vida toda, desde o nascimento, até agora. Eu pensava em Marina. Mesmo nessa hora, eu pensava nela, porque uma grande parte de meus sofrimentos foi amar demais, alguém que ou não me amou, ou me amou menos do que eu gostaria que fosse.

De repente eu já não estava naquela rua de terra batida, mas numa cidade grande e escutei um barulho muito forte e todos eu estavam naquela praça da cidade, também escutaram e começaram a indagar um para o outro, o que seria? A principio imaginei que a cidade era uma cidade bonita, prospera e que estava cheia de pessoas, mas ao olhar de novo, notei que alguns pre´dios e depois que muitos prédios estavam destruídos. Das pessoas que estavam naquela praça de uma grande cidade do mundo, de repente algumas e depois muitas foram sumindo, enquanto olhava para elas e me subia uma palavra ao coração essa está morta e aquela e quela outra e muitas dessas estão mortas. A cidade antes bonita e famosa, agora estava bem castigada, e diminuída drasticamente a quantidade de seus habitantes, pois muitos estavam mortos. As roupas outrora bonitas, agora estavam puídas, rasgadas, maltratadas. As pessoas, que no inicio dessa minha noite de visões, estavam na cidade bem vestidas, bonitas, com celulares caros e chiques, andando pelas lojas e gastando, assim como sentadas nos bares e restaurantes, comendo e tomando seus cafés, de repente estavam magras e famintas. Vi pessoas famintas, do fim do mundo, andando numa praça destruída e outrora famosa. Um grande olho gigantesco e maligno olhava, escuro, negro, do céu para o mundo que estava em trevas. O barulho alto e ensurdecedor fora ouvido de novo e de novo, convocando os salvos. O céu, vermelho rubro, agora se abriu em certo lugar e brilhou uma luz, desse outro lugar, que não era a Terra e nem era o nosso universo, que entrara em colapso. Na hora eu entendi que era Cristo e seus anjos que vinham buscar a sua noiva, a Igreja, composta de judeus e cristãos. Uma criança, uma menina, de uns cinco anos me deu a mão e sorriu para mim. No fundo do meu intimo eu entendi que a menina dizia: Afinal, Ele voltou, como afirmara que o faria. E ai eu escutei o meu nome ser pronunciado, Ele me chamava.

Continua...

Paulo Sergio Larios