FILOSOFIA - DINHEIRO X FELICIDADE

"Felicidade não tem preço.' É? Discute-se isto diante da falência de empresa ultra poderosa ou quando o milionário desce para a classe "M" - erro de digitação. ----- Muitas vezes a pessoa já rica ambiciona mais e mais, numa desmedida ânsia de (falsa) "felicidade", vida atrelada ao aumento de renda, insatisfação eterna, ambição desmedida, sempre querendo mais e mais. ----- Praga de ex-mulherd é pior que tragédia grega, vulcão italiano ou terremoto asiático... Não sei o que o "distinto" fez contra ELA, mas escutei de uma que jurou reduzi-lo a zero - dispensou prêmio da delação, entregou às autoridades cofre com fotocópias e gravações, o "ex" faliu internacionalmente, esconderijo temporário numa caverna em companhia natural de um rugento leão amarelo e metafórica de um mais alarmante ainda do imposto de renda. Contas lá fora, no pais de muita neve, viraram em trocadilho: "Só...isso?" ----- Não há psicologia social que esorema, defina e explique a escalada: consumo e satisfação, abundância, depois a decadente privação. ----- Bens materiais, viagens, exibição pura e simples - o "ter" para os olhares dos outros. E a antecipada ansiedade para comprar? Três horas esperando em longa fila para a montanha-russa em outro país, no mínimo para justificar a trabalheira em tirar o passaporte, exibir-se para quem não vai nem de Sorocaba, por exemplo, ao bairro da Liberdade, na capital. Ou dois, três dias para a entrada num festival de música ou jogo internacional de futebol... Dizer depois: "Eu fui, você não foi..." Ou a compra da mais recente criação nipônica de tevê 'quinhentas' (exagerei de propósito) polegadas que mede a pressão arterial do espectador, mas não substitui a invisível namorada nas tardes solitárias de sábado. ----- Proibida e cassada a publicidade em que uma menina exibia brinquedo caro para a 'amiga': "Eu tenho, você não tem..." ----- Exato. Quem não tem quase nada ou nada, classifica de rico um solteiro que mora sozinho e possui um carro. Se depender da minha AMIGA carioca, dinheiro não compra sinceridade e amizade, e nada a seduz. Não adula "pessoa alguma do planeta, diz ELA, e percebe de longe quando alguém finge agradinhos ansiosos e elogios imbecis a troco de receber dela o "trocadinho" (linguagem de fatsante pedinte) para a cerveja ou o cigarro.

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HQ - TIRINHA DO LEITOR - "MANEQUINHO", de MAURO MIRANDA -- Carro conversível, seis rodas, pássaro-símbolo à frente do veículo, motorista profissional, menino louro sorridente no banco traseiro acenando para os amigos "carentinhos", no chão dois brinquedos vagabundos, o gaoto de boné sãopaulino comenta: "quem foi que convidou o metido do Juca Carrão para corrida de carrinhos?"

CHARGE (empolgante assunto do momento, discussão em voga e em volta de determinado ato ou pessoa) e ao mesmo tempo CARTUM (entendimento atemporal, eterno):

1-Quadro I - "No princípio era o verbo" --- Três homens pré-históricos, tacape na mão do chefe, cara ameaçadora, subordinados assustados - "Eu trabalho, tu trabalhas, ele trabalha." // Quadro II - "Com a chegada do Capitalismo, mudou o verbo do princípio" --- Milionário estereotipado (gordo, paletó branco, calça listada, charuto, carlota brilhosa),i industriário bigodudo com capacete e chave inglesa, administrador de óculos e maleta de couro --- "Eu lucro, tu trabalhas, ele reclama da inflação." --- CARLOS EDUARDO NOVAES e VILMAR RODRIGUES, livro "Capitalismo para principiantes".

2-Quadro único - Mulher com traje de luxo, homem prisioneiro amarrado na cadeira - "Você está sendo abafado por uma bolsa Louis Vutton." // Milionário de casaca abrindo champanhe, onomatpéia TOP!" - rolha atingindo a cabeça de um coitado qualquer, passante, traje de pobre. // Cena externa, lua, homem em bom traje ante duas enormes metades, em vidro - "Vou precisar de um diamante para cortar o vidro da janela. Alguém tem?" Duas exibidinhas, trajes longos, e um exibido de casaca, mostrando anel, colar e relógio. --- NANI em "Vereda tropical / Tropa de elite".

F I M

Rubemar Alves
Enviado por Rubemar Alves em 05/07/2018
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