VIERDE QUE TE QUERO VIERDE - PARTE II
Aula-palestra no ensino médio num 21 de setembro, com projeções.
1---Rio, cidade privilegiada pela natureza. com inúmeras áreas de lazer a céu aberto, opções de mar-montanha-floresta, muitos parques florestais, mantidos pela prefeitura, como a Floresta da Tijuca e o imenso Parque do Flamengo. Neste, vizinhíssimoda praia, verde exuberante, pistas de caminhadas, ciclovia e grande espaço para atividades físicas e esportes - futebol, skate etc. - para o lazer, atividades culturais - teatrinho, feiras e exposições. Acesso fácil por ônibus e metrô - inúmeras trilhas, cascatas, riachos e área para churrasco.
FLORESTA DA TIJUCA - Reflorestada no século XVIII para preservar as nascentes que abastciam a cidade, é a maior floresta urbana do mundo, uma das melhores opções para estudioso da natureza, flores e fauna; também centros de visitantes e educação ambiental, e visitas guiadas. Entrada pelo Alto da Boa Vista.
ATERRO DO FLAMENGO - Área de lazer de 1,2 milhão de metros quadrados, tem quadras polivalentes, quadras de esporte, campos de futebol, pistas de skate e área de aeromodelismo. Jardins projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx, cerca de 11600 árvores de 190 espécies, nativas e exóticas; no local, também o Museu de Arte Moderna, o Monumento aos Pracinhas, a Marina da Glória e a praia do Flamengo, que surgiu após a construção do aterro. O Aterro do Flamengo foi idealizado por Lota Macedo Soares, aluna de Cândido Portinari, apaixonada por arquitetura e urbanismo - projeto realizado retirando-se terra do Morro de Santo Antônio, local do largo da Carioca e da avenida Chile. Inaugurado em 1965.
PARQUE ECOLÓGICO CHICO MENDES - Homenagem ao líder seringueiro, defensor do meio ambiente, assassinado no Acre em 1988. No Recreio dos Bandeirantes, uma das poucas áreas da cidade ou ainda existem alagados e restingas quase intactos - 40 hectares, trilhas circulares com visitas guiadas.. Criado em 1989, tem 400.000m2; fauna composta por aves, jacarés-de-papo-amarelo (mascote do parque), tartarugas, cágados, jabutis e iguanas; flora variada de bromélias, cactos, aroeiras, pitangueiras, pau-brasil e outras espécies nativas. Há parquinho e salão para exposições.
BOSQUE DA FREGUESIA - Espaço de preservação do verde de Jacarepaguá, imensa área distante do burburinho da cidade, tombado em 1992, área de 310m2, cerca de 2,5km de alamedas e trilhas. Grande área esportiva com campo de futebol, quadra polivalente, aparelhos de ginástica, programação esportiva que inclui aulas de shiatsu/ta-chi-chuan/ioga, dois parquinhos, um bicicletário, auditório e anfiteatro. Na entrada, desde 1995, a estátua "Alegoria das Artes", em mármore de Carrara.
PARQUE ECOLÓGICO DE MARAPENDI - Possíveis preguiças. jacarés e cobras vistos em seu habitat natural -catalogados 86 espécies de aves, 34 tipos de mamíferos e 20 famílias de répteis. Duas trilhas cortam o parque. Diversidade flora, com a árvore de pau-de-tamanco, há décadas usada na fabricação desse calçado rudimentar, ameaçado de extinção. Espaço para piquenique, meditação e esportes, ainda projetos desenvolvidos para escolas, incluindo alunos 'especiais' com atividades na horta.
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2---MARCOS DA VIDA DO RIO --- Ainda há três pés de camélia, símbolo da luta abolicionista no jardim da casa de Rui Barbosa, rua São Clemente, em Botafogo (bairro aristocrático onde residiu Carlota Joaquina), atestando que ele era favorável à libertação dos vergonhosos escravos. --- Perto, na praia, alguns ficus remontam à urbanização pelo prefeito Pereira Passos que passou o Rio de Janeiro de aspecto colonial a boulevard. --- Ao início dos anos 80, exilados voltando com uma nova consciência, exemplo de cidadania, mudança de atitude em relação à ecologia - salvar o verde. E houve tremendo agito para proteger a figueira da rua Faro, na Gávea. --- Lá no passado, ainda início do século XIX, o príncipe regente DOM JOÃO (logo, antes de VI..) plantou uma palmeira no então Horto Real, atual Jardim Botânico, que virou símbolo de status, de venda proibida (que chique!) e como somente os nobres e agraciados poderiam cultivá-las, os espertos escravos do Horto vendiam clandestinamente ao povão. Fulminada pelo choque de um raio em 1972, no lugar da Palma Mater foi plantada simbolicamente a Palma Filia - todas as palmeiras imperiais descendem desta primeira, inclusive as da rua Paissandu, diante do palácio da Princesa Isabel. --- Ah, não apenas 'chiqueza' na Zona Sul da cidade, mas tabém na Penha, subúrbio leopoldinense, as 52 palmeiras das ruas Quito e Patagônia, perto do antigo Cortume Carioca. --- No Rio, cerca de 300 decretos protegendo árvores, impedindo serem cortadas as notáveis e, se morrerem, devem ser substituídas por exemplares iguais. O senhor OTTO SCHUBACK, ao vender uma casa na rua Pompeu Loureiro, em Copacabana, fez constar em cartório a preservação de um acaçu da calçada (árvore típica amazonense, 30m de altura, copa cerca de 25m), cortada somente quando ele morresse, o que o ocorreu em 1968, porém a árvore foi preservada oficialmente. Também tombadas as figueiras-dos-pagodes da rua Santa Luzia centro da cidade - os noves exemplares diante da Santa Casa da Misericórdia foram os primeiros usados na urbanização das vias públicas, em 1873, pelo paisagista francês AUGUSTE GLAZIOU, que também introduziu oitis e figueiras. No Campo de Santana, baobás, troncas enormes e raridades, e em Laranjeiras dez espalhados exemplares de pau-brasil, árvore constando como quase desaparecida do país no século... XVI, mais cinco numa praça; também na rua Mário Mota, no subúrbio de Realengo.
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Verde, histórico ou não, também é cultura!
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LEIAM meus trabalhos "Arvoredo carioca", "Campo de santana", "Jardim Botânico" e "Prêmios estudantis - 2".
FONTES:
"Férias nos parques" - Rio, SME, revista Escola e Família, ano 2, n.6, verão/05 --- "A história da cidade contada pelas árvores" - Rio, jornal O GLOBO, 18/3/07.
F I M