Faz sentido?
Era uma vez um homem muito rico; jóias, dinheiro e ouro lotavam o seu paiol imenso, tão grande que se fazia necessário encontrar alguém que guardasse, administrasse e preservasse toda aquela fortuna.
Foi assim que ele escolheu, entre todos os seus amigos, aquele em quem mais confiava, para guardar, administrar e preservar todo o enorme paiol, onde as agulhas se perdem.
Eleito o mais fiel, o homem rico deixou bem claro:
-Todo aquele que tentar se apropriar, sem o meu consentimento, da menor parte que seja da minha riqueza, deverá ser punido com rigor, e ter suas mãos cortadas, para que sirvam de exemplos para os demais. Fica aqui bem claro, e expresso, que a você, fiel escudeiro, eu dou toda a liberdade de tomar para si tudo o que desejar; garanto a você total impunidade, se avançar, e desviar para o seu paiol particular, uma parte, e até mesmo toda a fortuna, da qual eu o encarrego de guardar.
E foi assim que aos guardiães foi dado o privilégio de se apoderar, de esbulhar, e de se aproveitar, sem limites, daquilo que, por definição, teriam obrigação de guardar