O nosso amor é perfume que se espalha
Na casa limpa e organizada, iluminada naturalmente, pela luz do sol que adentrava pela janela, ele se detém. Observa lento e demoradamente cada canto, cada objeto... nem o afresco pintado no teto escapa da sua minuciosa análise.
No silêncio reinante do lugar... o único som era o toc, toc, toc... dos passos do homem, sobre o piso de madeira encerado. Nas paredes os quadros raros dos pintores consagrados emanavam às suas essências: Edouard Manet, Leonardo da Vinci, Rembrandt Van Rijn, Dante Gabriel Rossetti... Caravaggio e o seu talento expresso, na tela “Narciso...”
Uma verdadeira fortuna em obras plásticas se encontrava naquelas paredes.
Os meus olhos perscrutavam cada gesto daquele homem, que parecia comer, beber, o recinto. E, eu... com a pretensão de lhe adentrar o cérebro.
Pensei: – Não me vês? Acaso, não sou mais importante que essas obras? Arrisquei-me a rodeá-lo, roçar-lhe o corpo vestido por um terno de linho “risca de giz”, azul marinho com listras brancas.
As minhas saias tocaram as suas pernas, ele continuou absorto em seus pensamentos. Então... levantou a cabeça e fechou os olhos. Permaneceu assim, por instantes... Nariz erguido, como a aspirar o ar... Caminhou até à janela aberta, que parecia um enorme quadro emoldurado. Falou para si, em alto e bom som: – “Amor, parece loucura... senti o teu perfume, a tua presença... A beleza desse lugar e toda à sua riqueza, não se compara com a tua inebriante beleza.
Foi aqui, através dessa janela, que olhando para a rua te vi e jamais te esqueci.
Como estavas linda!
Adentraste nesse museu... então, contemplei à obra de arte, mais que perfeita... do Criador... Que pena! O "pintor divino" te arrebatou de mim, para sempre!
– Ó querido, estava a tua espera... O nosso amor transcende a vida!
É perfume que se espalha... Jamais te deixarei!
O trabalho: O nosso amor é perfume que se espalha, está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Na casa limpa e organizada, iluminada naturalmente, pela luz do sol que adentrava pela janela, ele se detém. Observa lento e demoradamente cada canto, cada objeto... nem o afresco pintado no teto escapa da sua minuciosa análise.
No silêncio reinante do lugar... o único som era o toc, toc, toc... dos passos do homem, sobre o piso de madeira encerado. Nas paredes os quadros raros dos pintores consagrados emanavam às suas essências: Edouard Manet, Leonardo da Vinci, Rembrandt Van Rijn, Dante Gabriel Rossetti... Caravaggio e o seu talento expresso, na tela “Narciso...”
Uma verdadeira fortuna em obras plásticas se encontrava naquelas paredes.
Os meus olhos perscrutavam cada gesto daquele homem, que parecia comer, beber, o recinto. E, eu... com a pretensão de lhe adentrar o cérebro.
Pensei: – Não me vês? Acaso, não sou mais importante que essas obras? Arrisquei-me a rodeá-lo, roçar-lhe o corpo vestido por um terno de linho “risca de giz”, azul marinho com listras brancas.
As minhas saias tocaram as suas pernas, ele continuou absorto em seus pensamentos. Então... levantou a cabeça e fechou os olhos. Permaneceu assim, por instantes... Nariz erguido, como a aspirar o ar... Caminhou até à janela aberta, que parecia um enorme quadro emoldurado. Falou para si, em alto e bom som: – “Amor, parece loucura... senti o teu perfume, a tua presença... A beleza desse lugar e toda à sua riqueza, não se compara com a tua inebriante beleza.
Foi aqui, através dessa janela, que olhando para a rua te vi e jamais te esqueci.
Como estavas linda!
Adentraste nesse museu... então, contemplei à obra de arte, mais que perfeita... do Criador... Que pena! O "pintor divino" te arrebatou de mim, para sempre!
– Ó querido, estava a tua espera... O nosso amor transcende a vida!
É perfume que se espalha... Jamais te deixarei!
O trabalho: O nosso amor é perfume que se espalha, está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.