Não estar contido em si, a empatia e o porquê da sua vida ser o que é
Algumas pessoas sentem-se desconectadas da realidade. Não metaforicamente. Na verdade observam o mundo de fora de si mesmas, sentem que a realidade de alguma forma é um embuste, e que tudo é um véu prestes a ser levantado. Esse é um sintoma aterrador para quem não o compreende. Se você não é focado não saberá o que fazer, pode mesmo desistir das atividades mais simples, como tomar banho ou mesmo sair de casa para dar um volta. Afinal, porque faria isso, se na sua concepção a realidade "lá fora" é uma enganação?
Isso na verdade é um sintoma que muitos passarão a sentir. Faz parte da evolução da consciência humana. Mas veja bem, a evolução não pode dar saltos, e se você de repente se pegar tendo sensações assim, não pode desistir da sua vida - embora ela seja uma representação num palco - ela atinge outros atores que ainda dependem da sua atuação neste palco. Por isso sua afinidade emotiva deve evoluir no mesmo ritmo. Isso se chama empatia, e nada mais é que se colocar no lugar do outro.
Quando a sua identificação consigo mesmo começa a se acabar, e você passa a se sentir fora de si, o primeiro sintoma a se manifestar deveria ser a empatia. Mas nem sempre é assim, e isso é por causa de sua "evolução" e do "tempo" que a sua espécie necessita para processar a situação. Mas isso é outra história...
Se a realidade é uma ilusão e se eu a fabrico, porque a minha vida é uma droga? Alguns costumam perguntar.
Bem, a sua vida, como a conhece, é só uma de várias. Você não está ciente disso no seu dia-a-dia normal, mas a sua personalidade experimenta todas as gradações da existência. Mas não é aí que reside o problema. Você bem poderia experimentar todas as gradações e nuances da sua existência de maneiras positivas e prósperas. Mas, porque não é assim?
Já dissemos que vocês "herdam" impressões de seus ascendentes. Influências que não apenas se manifestam fisicamente, mas de crenças, culturais, entre outras...
Primeiro, muitos de vocês não vão admitir de primeira, mas muitas pessoas consideram a riqueza algo sujo, imundo ou desonroso. Quem é rico não vai para o céu, entre outras ideias paralisantes. Os países católicos de pensamento engessado são assim, em detrimento dos países protestantes de pensamento mais liberal. Historicamente são mais ricos e prósperos. Você cria sua realidade de acordo com o que acredita nela, e essas crenças você herda de outros, pois como criança você precisa de uns passos iniciais para percorrer este estranho caminho que se chama vida.
Se um parente seu é doente, ou se a sua família tem um histórico de doenças, você alimenta em sua cabeça a ideia de que você será o próximo, e assim por diante. Crenças também são inconscientes, não é só aquilo que se apresenta a sua consciência ordinária.
Se você acredita no fundo de sua alma que o cigarro provoca câncer, então essa realidade se manifestará a você. Do contrário, fumará até os noventa anos.
Não queremos dizer com isso que fumar é o correto. Está tão disseminado em sua cultura e no inconsciente coletivo dela, que é melhor você realmente ficar longe dele, ao menos que tenha uma força de vontade e crença superiores. O que queremos dizer é que você forma a sua realidade, mas não pode esquecer as influências que recebe ao logo de sua existência, ou mesmo, antes dela.
Queremos dizer que você precisa compreender as influências que herdou, observar as suas crenças, os seus preconceitos, saneá-los, e com isso, começar a mudar a sua realidade privada.
Também há uma influência muito comum em sua realidade, que prega que a riqueza pode lhe tornar pleno em todos os sentidos, mesmo na felicidade. Claro que se acreditar nisso firmemente, alcançará a felicidade na riqueza. Porém, essa mesma crença o fará alcançar igual resultado na pobreza. Tudo é questão de crença, e de como ela opera em você.
Agora, e o mais importante. Você não pode acreditar que atos desonestos e perversos são o caminho para um vida próspera. Os fins não justificam os meios. Se vocês acreditarem nisso coletivamente, seu mundo caminhará para uma realidade lamentável. Quem dividirá essa realidade com vocês serão seres lamentáveis, pois semelhante atraí semelhante. E é isso que muitos de vocês tem feito.
Então, se você acreditar no bem, você o viverá. Se acreditar no mal, igualmente. Vocês criam os dois. Você não percebe as coisas que não acredita, é como ondas, tem de se sintonizar para percebê-las.
Se você odeia uma pessoa, você não a encontrará após a vida. Suas vibrações são diferentes, ela não existirá pra você. É aqui o único lugar onde podem dividir um meio juntos. É aqui que precisa conhecê-la de verdade, e ver se de fato ela merece o seu ódio. Do contrário, não se encontrarão mais. Aqui você vem encontrar o meio necessário de desenvolvimento e relação que seria um pouco difícil para você em outros reinos. Vamos dizer que aqui veem tirar suas diferenças e decidirem serem irmãos.
Para julgar os outros você precisa saber e entender do que ele é feito. Estar na mesma pele e sentir as mesmas dores. Você não entenderia se não fosse assim. Essa, de uma certa forma, é a escolha que todos fazem ao nascer aqui.
Mas, mesmo assim, mesmo aqui, você ainda é um espírito, igual àquela pessoa que você julga morta. Você é um espírito tanto quanto ela, só se esqueceu momentaneamente disso. Você ainda molda a sua realidade, mesmo aqui. Você não está preso num corpo, você apenas o projetou para fazer sentido o seu caminhar. Sua mente tá lá fora, como todas as outras. Você só precisa acreditar nisso.
Quando você acreditou que merecia mais do que apenas rastejar no chão, você se levantou e conquistou o seu mundo. Foi preciso "gerações". Mas digo-lhe, você pode se levantar e voar. Acredite nisso. Grave isso em seu coração e mente. Suas futuras gerações agradecerão essa gentileza. Elas não precisam herdar as mentes de agora. Mudando o agora você muda tudo. Porque o agora é o eterno presente...