1034-A NOIVA DE DEUS - Drama rural / religioso

— Este ano é do demônio! — explodiu o Capitão Quintino, perante o padre Ramon Santiago, espanhol de pouca fala e atitude positiva.

— Vade Retro! Capitão, não invoque forças que o senhor não pode dominar!

Estavam os dois na sala do grande casarão, casa sede da Fazenda Guimarães, que, nem por ser a maior do estado, deixava de padecer os resultados da seca jamais vista por aquelas bandas. Do alto da pequena colina, as terras de pastos e cultura de cana se estendiam a perder de vista, todas de posse do capitão, tal qual foram recebidas por seu antepassado Dom Manuel de Guimarães, quando as capitanias hereditárias foram extintas no Brasil.

Os campos estavam crestados, e as plantações amarelecidas. A falta de chuvas não deixava a cana viçar e o gado engordar. Sabiamente, o capitão ia dispondo de lotes de rezes que já não tinham como apascentar, descapitalizando o seu patrimônio, que contava não em contos de réis, mas no número de bois no pasto e sacas de açúcar mascavo produzidas na usina.

Padre Ramon visitava o grande patrono de sua igreja na pequena cidade de Serra Verde justamente para pleitear mais uma ajuda, já que as contribuições de todos os agricultores da região haviam diminuído.

— Também a Igreja está passando por tempos difíceis, capitão. Nem por isso devemos deixar de agradecer a Deus e Santa Filomena, nossa protetora...

— Agradecer? Padre, o senhor sonha demais, reza demais.

— Olha, capitão, com todo o respeito, não é uma dádiva de Deus que dona Maria está esperando um novo filho, para enriquecer a sua vida e a dela?

— É verdade. — Respondeu o capitão, amaciando o tom de voz. — Mas não está sendo nada fácil para ela, não, seu padre. Tem sentido muito cansaço e calor sem fim. Tem uma empregada o dia inteiro ao seu lado com um abanador de penas para refrescar.

—Pois então! Não demora muito e o senhor terá mais um rebento na família.

— Maria até já fez uma promessa, pra que o parto não seja complicado e para que a chuva caia novamente na terra.

— E o que foi que ela prometeu?

— Prometeu que se for menina será freira e se for menino vai ser padre.

Pobre criança, pensou o padre. Ainda não nasceu e já com o destino traçado. A intenção é boa, mas o inferno está calçado de boas intenções.

— Então, o capitão vai ver que tudo se arranja. Mas o que eu queria mesmo é pedir...

E assim foi a conversa entre o coronel e o padre, pela tarde afora daquele domingo de calor e seca.

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Creia o leitor ou não, a noite do parto foi uma noite de tempestade, com raios, trovões, chuva, muita chuva, que iria se prolongar por uma quinzena ou mais.

Dentro de casa, a parteira ordenava bacias de água quente, lençóis e toalhas, enquanto segurava nas mãos de dona Maria, passando depois a lidar com a “parição”, conforme ela dizia.

O Capitão andava na grande varanda da casa, em grandes passadas, levantando os braços e gritando “Graças a Deus! Graças a Deus!”, num êxtase febril, pouco se importando como que estava acontecendo no quarto onde a esposa liberava mais uma vida para a família.•.

Entre gritos de dona Maria, dos trovões e do barulho da chuva forte nasceu uma menina. “Normal, cheia de vida e saudável”, conforme a parteira foi dizer ao capitão no alpendre.

— Graças a Deus! Graças a Deus! Graças a Deus! — continuava o capitão em sua ladainha e a parteira ficou satisfeita, sem saber que o capitão realmente dava graças pela chuva.

Dona Maria não se cansava de orar:

— Graças a Deus. Obrigado Senhor. Ela será a Noiva de Deus.

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Foi batizada Maria Imaculada, seguindo a tradição. Suas três irmãs eram Maria José (Zezé), Maria da Conceição (Ceição) e Maria Augusta (Guta). Imaculada foi criada como um presente especial em atendimento às promessas de Dona Maria. Foi a décima segunda manifestação da virilidade do capitão e da maternidade de dona Maria, que depois de Maria Imaculada não teve mais filhos.

Para a mãe, era um milagre de Deus: depois do nascimento da criança, a seca terminou, os pastos voltaram a brotar e os canaviais cresciam com renovado vigor.

Voltou o entusiasmo ao capitão. Bem fizera ele em acrescentar, durante o período da seca, mais quatro fazendas confrontantes com a sua, adquiridas a preço irrisório dos proprietários que não aguentaram manter suas posses. Agora, podia dobrar suas cabeças de gado e aumentar o plantio de cana.

Imaculada, considerada pela mãe um presente especial de Santa Filomena, foi criada com cuidados especiais. Os irmãos maiores, adolescentes, não se importavam com ela. As três irmãs, de oito, quatro e três anos, bem que tentaram acarinhar e fazer festas para Imaculada, mas a mãe não entusiasmava tais demonstrações de amor filial.

— Ela é de Santa Filomena. — explicava a mãe, quando a separava das irmãs para exagerar nos cuidados à pequerrucha. Nem mesmo apelido deixou que apelidos fossem aplicados na filhinha mais nova.

No devido tempo, aprendeu com a mãe a rezar e em seguida, a escrever e ler. Quando completou cinco anos, dona Maria a levou á cidade, e a uma visita ás freiras do Convento da Congregação de Nossa Senhora Gloriosa.

— Ela está prometida a Deus e à Santa Filomena. Quero que ela seja freira, como as senhoras. Noiva de Deus. Foi promessa que eu fiz quando estava grávida.•.

As irmãs sorriram. A irmã superiora foi clara no seu comentário:

— É preciso saber se ela terá vocação para o convento.

— Eu queria deixar minha filhinha Maria Imaculada com as senhoras, aqui no convento, para já ir aprendendo...

— Não podemos. Só quando ela for mocinha, já souber que quer ser mesmo freira, é que poderemos recebê-la. Antes, coloque-a no catecismo da igreja e na escola. Não deixe de ensinar-lhe bons modos, educação, essas coisas que só os pais sabem dar às filhas.

Um pouco frustrada. Dona Maria voltou à fazenda. Seguiu o conselho da irmã superiora. Mas não desgrudava o olho da menina, quando ela voltava do catecismo, das missas ou das aulas.

Maria Imaculada revelou-se uma garota inteligente e muito viva. Curiosa além das irmãs, aventureira, arriscava-se (saindo da vigilância da mãe por meios muito inteligentes) a andar por toda a fazenda, percorrendo currais, a usina, as casas dos trabalhadores da fazenda e da usina de açúcar.

Comunicativa, não tinha medo de perguntar ás pessoas, às quais cativava com seu encanto natural. Assim, aos doze ou treze anos, sabia muito mais sobre a fazenda dos que os irmãos, que só queriam saber de cavalos e bois, e do que as irmãs. Nas conversas com os trabalhadores, perguntava sobre tudo. E aprendia depressa.

Conversando com seu João Maque, por exemplo, o homem da venda na fazenda, descobriu o que pouca gente sabia.

— Esta venda é do senhor, seu João?

— Não, menina, é de seu pai. Tudo aqui é dele.

— Puxa, ele é mesmo muito rico, né.

— É sim.

— E estas coisas aí, é pra gente comprar?

— Não, menina, você não precisa comprar nada da venda, você pode ter o que quiser aqui. Eu vendo só para os trabalhadores.

— Ah, que bom. Mas agora num quero nada não, tenho tudo lá em casa.

O escocês sorriu para a menina, que disse saindo da venda:

— Muito obrigada, seu Maque. Bom dia.

— Bom dia, menina.

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O escocês com o qual Imaculada entabulara a pequena conversa era o preposto do capitão no serviço da pequena venda. Arguto e bom de conversa, John MacBrand cuidava de manter o fornecimento de gêneros de primeira necessidade (arroz, feijão, milho, fumo, aguardente, etc.) aos trabalhadores que moravam na fazenda. Não transacionava com dinheiro. Cada trabalhador tinha uma caderneta onde eram anotados os gastos e os ordenados de cada um. Os preços das mercadorias eram determinados por João Maque, de tal forma que os trabalhadores, mesmo com os “pagamentos” dos salários, eram sempre devedores do pequeno empório.

Esta forma era usada por todos os grandes fazendeiros, de norte a sul do país, remanescente do sistema da escravidão negra, em que o trabalhador jamais estava livre para deixar a fazenda. Era livre, sim, em teoria, conquanto que quitasse seu débito na venda. Assim, nunca tinha maneira de pagar o débito, pois não lhe era permitido sequer plantar um pedaço de roça de cereais ou mandioca, que lhe rendesse um dinheiro extra.

Todos os trabalhadores deviam no empório. Eu disse todos? Menos Juca Espírito Santo, que não tinha família e não fazia despesa na venda do escocês. Vivia de favor com o casal Pedro e Merenciana, que o tratavam como filho. Aos domingos, único dia de folga dos trabalhadores, pegava dinheiro com o patrão e ia até a vila próxima, onde passava o dia, trazendo na volta comida, fumo, cachaça, sabonete, querosene e outras coisas que dava para seu Pedro e dona Merenciana.

Juca era livre, sim. Mas gostava do trabalho de ajudante do gerente da usina. Era eficiente e estimado não só pelo gerente como por todos os trabalhadores que estavam sob suas ordens. De estatura acima da média, era um tipo de caboclo bem-apanhado, cabelos brilhando de banha para ficarem assentados, cara raspada e um bigode sobre a boca, sempre sorridente e cantarolando o dia todo.

Não era à toa que já tivera uma meia dúzia de namoradas na fazenda, e ate uma na vila. Provavelmente emprenhara uma ou outra, mas jamais se comprometera em casamento ou qualquer tipo de compromisso com as namoradas.

Era um homem livre dentro de um sistema de servidão humana.

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Imaculada já tinha visto Juca Espírito Santo porem só conversou com ele quando tinha talvez quinze anos.

Uma pequena conversa e uma centelha correu entre os olhares dos dois.

Ele, experiente, sabia do que se tratava.

Imaculada ficou confusa, o coração batendo forte.

Meio que sem graça, ela saiu correndo, sem saber a razão de tal procedimento. No seu quarto passou longos momentos assustada com seus próprios sentimentos, temerosa de que alguma das irmãs ou a mãe a visse como rosto afogueado, os olhos lacrimados e a respiração ofegante.

Porém aquela estranha emoção a conduziu novamente para as bandas do engenho. Novo encontro, agora menos precipitado.

Falaram de futilidades, ele sempre exibindo seu sorriso cativante, e ela tentando levar adiante a conversa. Sentiu-se mais à vontade e ao se despedirem, ele apertou a pequena mão sedosa, entre as suas mãos grandes e fortes. E perguntou:

— Até amanhã?

Ela, encabulada, desprendeu sua mão e saiu sem falar nada.

Namoro impossível, Juca sabia. E jamais se atreveria. Com a filha do Capitão, não. Mas... algo muito forte o impelia a estar com a mocinha.

E ela, mesmo sabendo que um dia iria para o convento, estava destinada a ser freira pela promessa da mãe, gostava do sorriso, das palavras e dos modos simpáticos de Juca.

Em casa, arrumava mil e um artifícios para se encontrar com Juca. Ficara especialista em manter a mãe ignorante de suas escapadas, agora exclusivamente para estar com Juca.

Quanto à promessa da mãe, ela não levava muito a sério e não sentia nenhum atrativo para uma vida que ela nem sabia como seria. Embora cada dia que passava se aproximava a data que a mãe marcara: seria quando ela completasse dezesseis anos.

Por três vezes a mãe a levara ao convento das freiras na capital, a fim de que ela se familiarizasse com as freiras e visitasse o local onde passaria sua existência como “noiva de Deus” tal qual sua mãe fazia questão de dizer.

Mas a madre superiora sempre dizia:

— Sem vocação da parte dela não podemos recebê-la

Assim, a ida para o convento, ideia cada vez mais arraigada na cabeça da mãe, era cada vez menos considerada por Maria Imaculada.

Os encontros com Juca tornaram-se frequentes.

Juca sempre fazia Imaculada se lembrar da promessa da mãe e do perigo de seu pai descobrir os seus encontros — na realidade um namoro que já chegava aos beijos.

Então, o improvável aconteceu!

Maria Imaculada ficou grávida do Juca Espírito Santo.

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Não sabia a razão das alterações de seu corpo e seu humor. Foi Juca quem a alertou:

— Você tá esperando nenê.

Desesperada, correu para casa, subiu a escada fronteira ao alpendre pulando os degraus e escondeu-se em seu quarto, afogando o rosto, os soluços e a lágrimas no travesseiro macio recheado de penas.

Passou dias sem ver Juca, pensando que talvez assim (inocente criança) resolvesse a situação.

Dias, semanas e meses se passaram. Ela engordou de maneira a surgir comentários entre as irmãs.

— Para de comer tanto, cê tá ficando gorda demais. — Elas diziam.

A mãe, contudo, percebeu o que estava acontecendo com Imaculada.

— Minha filha, o que você está sentindo? Você está doente?

— Tou muito enjoada, mamãe. Vomito todos os dias, antes do café da manhã.

— Que foi que você fez, minha filha?

— Juca diz que estou esperando nenê. — A inocência de Imaculada era imensa. Não conseguia mentir para a mãe.

— Minha Santa Filomena, valei-me! — A mãe quase teve um chilique, mas voltou logo ao normal.

— Juca? Que Juca?

— O Juca do engenho de açúcar. Juca do Espírito Santo.

— Ai, minha Nossa Senhora!!! Meu Deus!!!

— Mãe... — Imaculada tentou dizer alguma coisa.

— TEU PAI VAI TE MATAR QUANDO SOUBER!!!

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Matar, não matou. A fúria irrompeu de dentro do Capitão Quintino numa violência jamais vista por dona Maria.

—DESGRAÇADA! DESONRA DA FAMILIA! VOU MOER ESTA MENINA DE CHICOTADAS! ELA VAI VER! — E por aí foi, gritando dentro do quarto do casal, enquanto a esposa tentava acalmá-lo.

— Fala baixo, Quintino! As outras meninas podem escutar.

— QUE ESCUTEM! PRÁ QUE NÃO FAÇAM O MESMO!

— Calma, marido.

O Capitão estava louco de ódio. Andava pelo grande quarto em passadas largas e pisando com estrondo.

— CADÊ ESSA CADELINHA? TRAZ ELA AQUI! VOU DAR NELA TANTAS CHICOTADASQUE ELA NUNCA MAIS VAI SE ESQUECER!

Dona Maria sabia o que aconteceria se Imaculada aparecesse ali, naquele momento.

Nem pensar em trazer Imaculada aqui. Ainda bem que ela está no colégio — pensou Dona Maria, abraçando o marido e tentando acalmá-lo.

— E QUEM É O MALDITO FILHO DUM CÃO QUE EMPRENHOU ELA?

— SEI NÃO, MARIDO. ELA NUM QUER FALAR.

— POIS TEM QUE SABER! VOU MATAR ESSE FILHO DA PUTA COM MINHAS PRÓPRIAS MÃOS.

— Não carece, Quintino. A gente dá um jeito em tudo...

— Jeito? Que jeito? Uma desonra assim não tem cunserto nem custeio. — Aos poucos, a fúria do Capitão ia esmorecendo.

— Prá tudo nesta vida há um conserto. Até prá uma desgraça como esta...

— Cadê a minina?

— Tá no Colégio. Eu mesmo vou buscar. Agora fique calmo. Não vá sair por aí feito louco, que isso não adianta nada.

Notando que o marido já ficara menos exaltado, saiu do quarto e mandou chamar Banzé, o charreteiro encarregado de levar e trazer, diariamente, as meninas do colégio na cidade.

— Banzé, apronte a charrete prá ir buscar as meninas no colégio. Hoje vou com você. Espera só eu me aprontar.

A charrete era um conforto que o Capitão se dava e à família: de quatro rodas e assentos estofados para seis pessoas, com capota de lona, servia para a família sair, ir á cidade, e ultimamente, para levar e trazer, todos os dias, as meninas e os garotos do colégio em Serra Verde, distante algumas léguas da sede da fazenda.

No percurso de ida, dona Maria ia armando o plano para não expor Maria Imaculada à fúria do pai.

Vou levá-la ao convento, explico para as freiras o que aconteceu e peço para elas abrigarem Imaculada por uns dias, até que o Capitão se acalme e possa tratar do acontecido com bom senso.

Foi o que pensou e fez. Foi tratada com carinho pela superiora, que acolheu a moça por alguns dias.

— Amanhã de manhã Banzé trará suas roupas, sapatos e seus pertences, minha filha. — Disse dona Maria, entre soluços e lágrimas que se misturava às da moça.

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Capitão Quintino estava manso quando a mulher chegou com as três filhas.

— Cadê a cadelinha?

— Deixei Imaculada com as freiras. Ela vai ficar lá por uns dias.

O Capitão era brabo, mas tinha bom senso. Concordou com a atitude da mulher:

— Melhor ela não aparecer n minha frente. Já que ela vai ser freira, que lá fique de uma vez.

Olhou de soslaio para as meninas, que se afastavam e disse em voz baixa à mulher.

— Já sei quem é o maldito que desonrou nossa família.

— Quem...

— Ninguém nunca vai saber, nem você nem ninguém.

E com isso, nunca mais falou da filha nem voltou ao assunto da desonra da família.

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O desaparecimento de Juca Espírito Santo não causou estranheza entre os trabalhadores do engenho. Ele saiu num domingo de manhã rumo à cidade e nunca mais foi visto.

Um corpo foi encontrado na semana seguinte, boiando no rio, alguns quilômetros abaixo da usina, por onde passava. Não foi possível saber de se tratava. Estava nu, completamente coberto de ferimentos feitos por facão ou coisa parecida. A face era uma posta de carne viva, totalmente desfigurado. Os cabelos arrancados como se tivesse sido escalpelado. Castrado.

— Parece crueldade de índio. — Foi o comentário do Major Diogo, encarregado dos crimes na comarca. E ficou por isso mesmo.

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Dona Maria providenciou tudo: obteve do marido um uma grande doação ao convento das irmãs, que aceitaram Imaculada como noviça, ainda que com pouco mais de quinze anos, grávida de sete meses e sem vocação.

— Cuidaremos de tudo como se ela estivesse com a senhora. — Prometeu a superiora do convento.

Doze dias depois de aceita no convento, Imaculada foi levada, sem autorização da mãe ou do pai, para outro convento, numa cidade grande no norte do país.

Ninguém da família, nem mesmo Dona Maria, jamais viu Maria Imaculada. Nada se soube da criança que estava esperando, gerada por Juca do Espírito Santo.

Assim se cumpriu a promessa de Dona Maria, que destinara sua última filha a ser Noiva de Deus.

ANTONIO ROQUE GOBBO

Belo Horizonte, 4 de novembro de 2017.

Conto # 1034 da SÉRIE MILISTÓRIAS / PLUS

Antonio Roque Gobbo
Enviado por Antonio Roque Gobbo em 15/03/2018
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