HISTÓRIAS

Os casos são tantos que não sei bem por qual começar. Teve toda a história da vinda para Irati, depois a história com Anna mais tarde Nanda ocupou seu lugar. Foram tantos bares que visitei que até perdi a conta de quantos causos ouvi e o número de piada que foram feitas ao meu respeito. Teve a noite do aniversário do Vadeco um caminhoneiro boêmio, que confiou a mim um convite especial. Tem a história do professor Abobrinha e sua coleção de copinhos. Tem a história do casinho que tive com uma bodegueira pra lá de engraçada muito gente fina e beijoqueira, como beijava bem aquela mulher. Se algum dia vir a conhecer o bar dessa bodegueira pergunte à ela sobre a noite da bata frita atômica. Bom, tem a história do Postinho um micro empresário local que curte um bom rock' roll e duas rodas, fez muita inveja com sua Vblad 250cc. Tem a história do casal recém casado da quitinete ao lado que fudia pra caralho todas as horas do dia e eu ouvindo tudo lá de casa. Tem as histórias das várias noites no posto sobutka, parada obrigatória para quem desfruta de golinho. Teve também a história do aniversário do luquinhas, festa mais doida "nunca nem vi". Estava quase esquecendo a história de Boletão, cara gente fina que fica trabalhando gole em botequinho e soluçando sem parar. Tem a história do bar do Almir, confesso que frequentei pouco o recinto, mas a última festa rendeu um casinho maroto. Teve a história da festa do curso de História qual prestei minha humilde homenagem ao piá de cabelo em pé, pessoa que tomou posse de minha boina verde. Foi necessário para apartar as diferenças. Pensando bem tem todas as histórias de estrada com Matilda, Elvira, a pé e ônibus. O casinho com Jaci, os almoços do CRAS o cadastramento das pessoas no CAM. Pensando bem há muitas histórias nessa vidinha ridícula que levo. Mas como de costume sempre existe uma única história que é capaz de nos envolver, atrair ou construir um único mundo. Esta é a história que me fez viver e criar os contos históricos que me faz vivo.