Arbustos Verdes Com Pés Descalços
O caminho que o homem criava em seu sonho andava...
Nascido criança, vivido criança, pensava adulto como criança...
A criança adulta brincava astuta com seu poder adulto, sua pura infância...
O desconhecido seu berço, seu tropeço no primeiro avesso seu joelho ralado, seu tombo chorou adulto na sua vinda esperança de ser apenas o vento e não mais o humano, seu descontentamento...
A cara no chão, de quatro nas mãos a dor do importuno, rasgou o tempo, numa fenda sem tempo, jurou ao seu tempo sem alento, sem procedimento, sem o devido tempo, sumiu em seu contratempo assumindo sua falta no tempo em tempo de perdoar-se há tempos...
Qual o sentido de tudo peneirou seu sentido sobre o mundo e numa rajada de vento seu sentido pensamento espalhou-se sobre tudo, menos seu entendimento...
Sentiu seu peso, a sua carga no lombo, seus habitantes, em guerra, em paz, em terra, nas águas de seus ancestrais, afogando seus pensamentos...
Caiu nublado sobre sua sombra, e não quis mais ser o querer, e jamais ser o querer mais, nem o menos dos jamais, nem os muitos de ser mais, o que jamais foi em seus jamais...
Sem mais o jamais, seu meio termo se faz, se desenha...
Escreve-se em tinta plena, na pena, a essência plena, verdadeira cena, de sua verdade, sua metade, e meia, sua vida agora inteira, sem fins, sem medidas, meias pelo mais em menos...
Os mais menos que produzem muitos, semeia, nas irrigações, sem adubos, os mais menos, crescem em relevos, em montanhas, em picos elevados, em pedras escarpadas, em mangues, nos rios impuros, em terras encharcadas, em extintas terras, o mais menos filtra, decanta...
A criança caminha sobre o homem que adulto sofre e chora como criança no colo da insegurança, lembra sua lembrança de infância em ser criança, sem tempo de crer, neste tempo de ser o mais e jamais crer sem tempo ter, de ser criança.