O Poeta das Folhas

O poeta das folhas escrevia as flores e suas folhas, seus caules e suas pétalas, as árvores e suas folhas tuas, nas sombras asas suas pousava e no céu aterrissava, em sua alma ali escrevia o tempo nas linhas do sol e seus raios, o vento espalhava as letras dos seus poemas no frescor e suas danças na natureza, então reescrevia suas letras cada uma na sua linha antiga e nova... os frutos de suas crônicas poéticas e seus pensamentos proféticos na folha que cai e o fruto que apodrece, um nascimento sem igual, escrevia esta encubação do véu dourado que desnudava a sombra e cobria –a num caldo azul escuro e escrevia a noite e seus reflexos, aninhava a lua em seus pingentes coloridos de cristais de luz, suas escritas estrelas, e cantavam em poemas, escritos e prosas com suas naturezas, um cântico tão alto que muitos ouviam e reliam seus pensamentos num escrito sem fim, o que era voo escrevia ele passos, o que era amor ele dizia ser alma, o que era tristeza se sentia chuva, e na lágrima, os pingos seus eram nele cultivo na escrita germinação...escrevia raízes e antecipava os sabores do frutos, um poetas das folhas, que acreditava em fiel sentimento descomunal na terra seu cobertor escrito de frio, e nas pessoas se iludiu e a decepção lhe adoeceu deitou no escrito seu e adormeceu numa lágrima sua...................................................no dia a frente do escrito seu, levantou-se e engenheiro saiu a construir razões pelo mundo e seu escrito se esqueceu...................................O amor circunflexo, a alma pontiaguda, o espirito farpado, a imensidão infinita se desfez num enorme plágio, num enorme esquecimento...

Aonde este poeta adormeceu em sua lágrima nasceu uma simples muda de mato sem cor a verde escrita ultimo seu amaranthus...