Ébrio
 
Escorado na parede, fiquei tempo, olhando o tempo passar
Esperando que alguém passasse, para me avisar;
que o tempo passou.
Mas o tempo não passou, está tudo como era antes.
Por isso ninguém apareceu, e o inócuo sentimento meu,
não reagiu ao silencio do relógio, que não batera seu ponteiro.
Nem ao sino, que não bateu seu badalo.
Ah mas o cantar do galo
esse velho companheiro das noites de insônia,
não negou-me seu cantar no meu sonhar.
Para lembrar que o dia já passara
e a noite estava terminando
o povo já se levantando
e eu abraçava meus joelhos,
pensando está abraçado ao corpo dela,
acordei sem ela, escorado naquela fria parede do bar.

Fim
Eneude Barra Verde
Enviado por Eneude Barra Verde em 12/01/2018
Reeditado em 13/01/2018
Código do texto: T6223943
Classificação de conteúdo: seguro