O triste fim de Alfredo
 
     Era uma vez um menino chamado Alfredo. Ele era um menino muito esperto e inteligente, mas usava sua inteligência para fazer coisas erradas. Ele era muito preguiçoso e nunca ajudava seus pais nas tarefas de casa.

     Desde muito cedo Alfredo gostava de mentir e enganar as pessoas, visando o bem próprio. Ele enganava todos seus amigos e sempre mentia para seus pais procurando se dar bem em qualquer situação.

     No bairro onde ele morava ninguém mais acreditava nele, pois todos já tinham caído em suas mentiras e armações.

     Certa vez Alfredo estava andando por uma rua da cidade e encontrou uma Cigana que vendia balas na calçada. Ela era cega, de modo que não podia ver nada. Alfredo se aproximou para comprar as balas e pagou a Cigana com moedas de mentira idênticas as verdadeiras. Porém a Cigana que era muito esperta, percebeu que Alfredo a enganava e reagiu imediatamente.

     Então ela disse a ele: Porque você tentou me enganar eu vou de dar uma lição que porá fim a suas artimanhas e as suas mentiras de uma vez por toda. Cada vez que você mentir para alguém um metro de linha de algodão irá grudar em você e por mais que você tente tirá-la não poderá, ela se enrolará a ti como uma serpente faminta.

Alfredo começou a rir e saiu alegremente pelas ruas enganando um aqui e outro ali, mentindo aqui e ali. Quando ele percebeu já estava todo enrolado de linha de sorte que não podia mais andar, ver e nem respirar, as linhas o apertava cada vez mais. Ele caiu ali na calçada e começou a rolar pelo chão se debatendo em agonia de morte.

As pessoas que passavam perto olhavam e riam e diziam entre si. É só mais uma pegadinha do Alfredo. “Ele quer que todos vejam que aqueles que enrolam as pessoas acabam bem enrolados”. Cada um seguia seu caminho rindo daquele espetáculo de rua.
Francisco Carlos da Silva Caetano
Enviado por Francisco Carlos da Silva Caetano em 08/01/2018
Reeditado em 08/01/2018
Código do texto: T6219999
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