NOITE CORUSCANTE

Lampejos faiscante rasgam a noite com o seu coriscar. É a chuva esborrifante que tomba sobre minha janela derramando chorosa as suas dores. Aqui dentro, eu nas mesmas magoas, desaguamos sobre a mesa em desarranjos com copos e taças, enredando a sua presença neste meu embriagar apenas no tempo passado. Façanhoso me porto em um canto da mesa, sorvidos pelas nostalgias e nas estiagens do meu pranto. Amuado e ponderando quão grande fora estragado do seu apartar enquanto eu dormitava nas minhas desonradez. Eloquente por entre os montes ,o sol graceja em seu alvorecer das nossas mazelas que hora expressa o meu bradar forte, como parceiro em concubina com os ventanejo do norte, pelo nausear que abate sobre mim.

Desamparado pelas minhas sordidez, ela sem a mínima sensatez em despejamento, se esvai pelos ralos dos meus desapontamentos

demitindo-me das esperanças sobre os meus próprios cacos.

Depauperado, cedo-me as resignações sentado neste mesmo canto sobre as minhas agruras, rendendo-me ao desapego nas cordas melodiosas do meu violão, também choros assim de uma mesma forma solidária, desaguamos nas colcheias e semicolcheias desafinadas das nossas solidão sobre taças solidárias do meu eu, só.

Ela sem receios, se vai...