História de amor
Quem dera poder escrever uma história de amor!
Não como as histórias de amor onde o final é infeliz ou o decorrer insano e inviável.
Quem dera escrever uma história de amor real e verdadeira, onde não existisse paraíso ou sétimo céu, afinal o sétimo céu não existe, o paraíso é particular: você faz o seu paraíso, mesmo sabendo que vai haver purgatório e alguns dias que vão parecer o inferno.
Quisera eu ter escrito minha história de amor com a pessoa certa: seja ela preta, branca, morena, alta, baixa, gorda ou magra; acabrunhada ou assanhada. Ruiva, loira, cabelo roxo ou azul. Não importa como fosse ela; de qualquer maneira, seria minha amada, a minha gostosa da vez, seja Juliana Paes, Juliana Knust, Grazi ou Luana.
É bem provável que nesses caminhos essa pessoa tenha aparecido e no dia-a-dia eu não percebi, ou não queria. É provável que tenha encontrado essa pessoa e não dito, e deixado passar a pessoa que poderia escrever a história de amor. Aquela que se guarda no coração numa parte muto especial, com quem vai se viver o tal do grande amor, escrever uma história a quatro mãos e tudo o que temos direito. Mesmo quando sabemos, não falamos, ou porque somos jovens demais e estamos ´na pista para negócio´, por não estarmos preparados, ou simplesmente, por outras prioridades, e no meio do caminho, outras coisas acontecem, e não nos damos conta.
Essa pessoa que não importa o quão cansado chegue, ou estressado de um dia cheio e atolado de trabalho, mas a pessoa que nos faz deixar a preocupação na porta de casa para a rua, e no dia seguinte pega-la, ou nem encontrar tal preocupação. Aquela pessoa que iremos fazer tudo, e sabemos que ela pouco exige, mas que queremos fazer tudo, o possível e o mais que possível, simplesmente por fazer, por querer deixar esta pessoa bem, essa pessoa especial que nos complementa, e que sempre temos bons pensamentos, mesmo quando ralhamos.
Aquela pessoa que seremos o amante, amigo esposo, namorado, prostituto ousado, parceiro, para esta mesma pessoa especial. E cada dia surpreenderemos. Mesmo se a relação cair no marasmo, inventa-se um período de não-marasmo, ou uma nova rotina para sair do marasmo.
Que mesmo com a chegada das crianças e as contas, e dos períodos de chuva e trovoadas tenhamos essa pessoa ao lado, e saibamos que com elas podemos contar. Que mesmo quando estamos cercados de milhares de pessoas, sentimo-nos so quando ela não está a nosso lado. Que em nossas conquistas, pensamos nela. A pessoa que dizemos eu te amo, e além de dizer, mostramos.
Quem dera escrever essa história de amor! Não importa se aos 20, 30, 40 ou 60, mas aquela pessoa que não importa quando, aonde ou como, é aquela que temos um compromisso a quatro mãos, e no fundo, bem no fundo, não importa como, sempre teremos aquela ponta de chance de escrever...
A história de amor.