***VEM ELA, VEM ELE***
A tarde já quase se despedindo. E, vem ela!
Logo o manto fica negro, e a solidão no quarto se desespera. Na garganta o aperto do grito calado na boca, a voz rouca do choro apertado no peito, na língua um gosto que se chama (LEMBRANÇAS) .Ó Deus! O que faço aqui, tão só nesta penumbra?!
As mãos vagarosa tenta tear algo dentro daquela escuridão, os orifícios
começam a coçarem, ao tentar querer ouvir aquela voz, (...) . Os ossos estalam, fazendo ruídos feito paredes antigas. Ó meu Deus! O que faço ainda sentada aqui?
Levanto, e corro em direção a janela, tento abri-la! Mas é em vão! Tem ferragens, por todo o trinco da janela de madeira. E agora o quê faço? Corro para abrir a porta! Não encontro a chave (...). Olho
para o alto da minha cabeça, e só vejo escuridão, e tento alcançar com os meus orifícios uns sons que vem das telhas de barro. Sim, posso ouvi! E grito: ainda tem vida neste manto negro? E ouço o bater de asas voando sobre a minha cabeça! Com o rosto molhado, esboço um grande sorriso nos lábios, e começo a correr em circulo dentro daquela escuridão.
Até que um lume luzia na minha frente, e eu o acompanhei-o.
E comecei a rodar novamente, e olhei mais uma vez para o alto de minha cabeça, e vi...
O clarão do dia!
E foi aí, que dei outro grito: Ó meu Deus, obrigada!