Qualquer semelhança é mera coincidência II

Qualquer semelhança é mera coincidência II

Dias sombrios na vila lago seco, uma serie de “curtipius rajados” e assassinatos sem explicação, amedrontavam o povo da vila, estando a milícia inerte, sobe a égide da sua insana omissão.

Não é de agora que todos os índices de criminalidade foram esquecidos e deixados de lado, porém, a justificativa é de que surgira uma outra missão, magnânima, de uma gloria nunca vista antes na corporação, para desempenhar e lograr êxito em tal feito, a milícia contava agora com reforços, no meu entendimento, caro leitor, eu chamo de apadrinhamento, cumplicidade e participação.

De modo que a milícia e seu novo reforço, a guarda sanguessuga tinha a seguinte missão, a primeira de apadrinhar e fazer vista grossa ao cultivo e venda das ervas responsáveis pela ereção masculina, e a segunda, de arrecadar com as realizações dos “baiãos.”

Com dedicação, comprometimento e uma espécie de cegueira para o que amedrontava a cidade, a milícia e a guarda sanguessuga prosperaram na missão, com os vários contos de réis que auferiram, adquiriram carroças possantes, e burros de raça que permitiam uma maior tração.

No entanto, mesmo com todos os contos de réis galgados, o grito de que as sedes da milícia e da guarda sanguessuga estavam sem estrutura, era sempre a principal desculpa, e justificativa para tanta omissão.

E assim, submersa no caos e em uma onda de medo, a vila lago seco parece não ter mais jeito, podendo até ter seu nome mudado, para Vila do Cão.

Uil

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 11/08/2017
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