Contos de Inverno
Uma tarde fria pelas ruas da cidade as pessoas passavam desenfreadas, correndo de um lado para o outro, esbarrando umas nas outras. Ali se ajeitava um senhor, de semblante humilde, endireitou uma cadeira ali mesmo na rua, tirou um violão antigo, modesto mas muito bonito, com um som suave, as cordas velhas contrastando com sua voz já rouca com o tempo do mundo que passara de pressa..
Pôs-se a cantar uma canção, sua voz doce enchia aquela rua e muitos que passaram iam depositando suas moedas e até notas, quem dera tivessem tempo para olha-lo cantar e tocar, seus dedos com maestria dedilhando as cordas, e sua voz extremamente bela para cada acorde tocado, então de longe o cantor observara um menino que com o olhar fixo não piscava ao vê-lo cantar, e em meio às pessoas era o único que não se aproximava para ouvir, e então com um gesto chamou o menino para perto..
-Onde você mora garoto? Perguntou
Meio tímido respondeu :
-Tenho as estrelas como teto e a rua como casa senhor..
O senhor que não parava de dedilhar seu violão então falou
-Então você é dono de todo esse lugar? Desculpe não pedi permissão para cantar em sua casa.- e sorriu ao continuar..
- Gosta de me ouvir cantar?
-Gostei muito senhor, é uma canção muito bonita a canção -disse o menino.
-Por que estava à ouvir de tão longe?
-Não tenho dinheiro para pagar como todas essas pessoas que aí jogaram suas moedas. Disse o menino
E então o senhor parou por um momento seus acordes e falou :
-Está vendo todas essas pessoas com seus paletós e pastas na mão? Veja como correm loucas de um lado para o outro, veja como estão desesperadas e cegas . Olhe como são tristes e vazias, digo-lhe que estão passando pela vida enganando-se achando que estão vivendo, pouco apreciam o que esta tem de melhor, digo mais, elas acham que tem tudo mas não tem nada, você parou para apreciar uma simples canção e isso encheu o coração desse pobre velho, isso é mais precioso que qualquer ouro, pois quando me sentei aqui eu só precisava de um motivo para continuar, para prosseguir,e acreditar que ainda temos uma chance.
O garoto atento ouviu cada palavra e pensou então que ele tinha mais do que imaginava. Sentou - se e ouviu cada acorde e palavra cantada, sob o frio da tarde e o pôr do sol que a eles se juntava.
Enquanto corremos para lá e para cá a vida tenta nos mostrar o motivo de toda nossa existência, a busca incessante pela felicidade nos torna infelizes e incapazes de ver que tudo o que precisamos é apreciar o pouco tempo que temos de viver sem se preocupar com nada além de estar com quem se ama em cada momento, seja ele triste ou feliz, dos dois jeitos valerá a pena.
Uma tarde fria pelas ruas da cidade as pessoas passavam desenfreadas, correndo de um lado para o outro, esbarrando umas nas outras. Ali se ajeitava um senhor, de semblante humilde, endireitou uma cadeira ali mesmo na rua, tirou um violão antigo, modesto mas muito bonito, com um som suave, as cordas velhas contrastando com sua voz já rouca com o tempo do mundo que passara de pressa..
Pôs-se a cantar uma canção, sua voz doce enchia aquela rua e muitos que passaram iam depositando suas moedas e até notas, quem dera tivessem tempo para olha-lo cantar e tocar, seus dedos com maestria dedilhando as cordas, e sua voz extremamente bela para cada acorde tocado, então de longe o cantor observara um menino que com o olhar fixo não piscava ao vê-lo cantar, e em meio às pessoas era o único que não se aproximava para ouvir, e então com um gesto chamou o menino para perto..
-Onde você mora garoto? Perguntou
Meio tímido respondeu :
-Tenho as estrelas como teto e a rua como casa senhor..
O senhor que não parava de dedilhar seu violão então falou
-Então você é dono de todo esse lugar? Desculpe não pedi permissão para cantar em sua casa.- e sorriu ao continuar..
- Gosta de me ouvir cantar?
-Gostei muito senhor, é uma canção muito bonita a canção -disse o menino.
-Por que estava à ouvir de tão longe?
-Não tenho dinheiro para pagar como todas essas pessoas que aí jogaram suas moedas. Disse o menino
E então o senhor parou por um momento seus acordes e falou :
-Está vendo todas essas pessoas com seus paletós e pastas na mão? Veja como correm loucas de um lado para o outro, veja como estão desesperadas e cegas . Olhe como são tristes e vazias, digo-lhe que estão passando pela vida enganando-se achando que estão vivendo, pouco apreciam o que esta tem de melhor, digo mais, elas acham que tem tudo mas não tem nada, você parou para apreciar uma simples canção e isso encheu o coração desse pobre velho, isso é mais precioso que qualquer ouro, pois quando me sentei aqui eu só precisava de um motivo para continuar, para prosseguir,e acreditar que ainda temos uma chance.
O garoto atento ouviu cada palavra e pensou então que ele tinha mais do que imaginava. Sentou - se e ouviu cada acorde e palavra cantada, sob o frio da tarde e o pôr do sol que a eles se juntava.
Enquanto corremos para lá e para cá a vida tenta nos mostrar o motivo de toda nossa existência, a busca incessante pela felicidade nos torna infelizes e incapazes de ver que tudo o que precisamos é apreciar o pouco tempo que temos de viver sem se preocupar com nada além de estar com quem se ama em cada momento, seja ele triste ou feliz, dos dois jeitos valerá a pena.