JEZEL 6 A VINGANÇA DE IONE AZ E PAULO FOG

Na sala de âmbar, Hélida serve-se de chá, a oitava xícara que toma de frutas selvagens.

- Não me canso de apreciar este aroma e o paladar.

- É realmente bom.

Diz Nefany aos nervos em espera de Merlin que quer ve-la, logo abre uma porta vermelha e Merlin vem junto de 3 magos de pele morena clara.

- Quer me ver?

- Sim me acompanhe. Nefany vai junto deles até a sala onde os outros magos fecham a porta deixando-os a sós.

- O que quer mestre?

- Sem rodeios, quanto esta ganhando de Moraz?

- Como assim?

- Não me faça de imbecil, a única tola que não sabe dar valor a vida e aos outros é tu.

- Assim esta a me ofender...

- Pare com isso, Nefany você nunca teve principios e tampouco soube se valorizar, arrumou Omar graças a virtude das Ninfas, virtude esta que roubaste do pequeno pelegrino que passava pela vila de Gordy a miserável vila de Gordy.

- Tudo bem ja chega, não precisa ficar esfregando na minha cara tudo de houve.

- Diz logo.

- Mais de 1000 der's.

- E mais o quê?

- Só isso.

- Não, diz logo.

- O poder astral e o controle dos vales de Sálvio.

- Ainda quer vingança?

- Sim e sempre vou querer, eles me tiraram tudo.

- Não Nefany, quem lhe tirou tudo foi Vladimir 4º, pai de Moraz.

- Não pode ser.

- Então veja. Merlin olha para a parede e esta torna-se um reflexo de água saindo deste um espelho vertical preso a este reflexo, ela vai até este e vê parte de sua infância em extrema pobreza colhendo frutas selvagens e recolhendo restos e até ferventando carnes ja passadas quase podres para comer em Gordy.

Ali lágrimas saem de seus olhos e ela grita horrorizada quando vê sua mãe e sua irmã sendo violentada e mortas por Vladimir enquanto seu pai assiste a tudo sem poder fazer nada tendo 2 espadas no pescoço e 1 no umbigo prestes a adentrar seu corpo, após o ato ali Vladimir ordena para que matem todos, Nefany vê os corpos sendo desossados ali, esquartejados, seu pai tendo uma espada atravessada no umbigo e 2 na garganta, ela grita em profundo pavor devido a tamanha crueldade e ali ao canto um menino de tez clara, olhos azuis que oscilam para um verde escuro

cabelos em cachos escuros, filho de senhorio feudal se alegra ao ver o sangue jorrar e limpa o seu rosto dos respingos com um lenço branco que traz o escudo de seu clã.

- Moraz. Nefany diz com todo seu ódio e cai de joelhos diante ao espelho que ainda lhe mostra quando Vladimir compraste a guarda dali e ainda colocara em cena roupas e um anel do principado do Valles de Sálvio.

- Por que, por que isso tudo teve de acontecer?

- Por que sua mãe mantinha um romance com Vladimir.

- O que quer dizer?

- Moraz é seu meio irmão.

- Não.

- Sim, você tem um irmão e ele é Moraz. Nefany rola no chão aos gritos, choros, berros rasga parte de suas vestes e profere diversas maldições tão antigas que todo ambiente é tomado por uma névoa negra e se sente a presença de escravos do limbo mais Merlin com apenas um toque em seu anel de pedra ônix faz tudo desaparecer.

Ela se aclama e olha para Merlin ainda a limpar seu rosto das lágrimas.

- Por que contou tudo isso?

- Nefany, o que esta para acontecer é algo muito importante e tremendamente forte.

- O que eu tenho haver com isso?

- Tudo, sei que colocaste traves de desbloqueio e tramas de acesso no leito de Jezel.

- Eu não o fiz...

- Não queira me enganar já lhe disse.

- E daí?

- Agora é a hora, temos de saber se podemos contar contigo?

- Ainda não sei.

- Sinto muito.

- Como assim?

Merlin tira uma vara de sua veste e profere um rito celta e todo lugar é tomada por forte ventania que se torna um ciclone e suga Nefany que tenta por tudo fugir mais sem sucesso, Merlin sai da sala que retorna ao normal sem Nefany.

- E então mestre?

- Tentei, mais ela ainda não entendeu a razão de tudo.

- Vai ter tempo?

- Sim ela terá um bom tempo no reino de Hury.

- Mais aquele lugar é terrível.

- Fique calma Hélida logo ela vai ter sua posição definitiva.

- Como sabe?

- Sou Merlin e conheço bem o astuto de um feitiçeiro de grau tão inferior.

- E Omar?

- Este já não podemos contar mais.

- Por que?

- Com certeza foi ter com Moraz, ele ja fez a sua escolha, a pior de todas. Moraz termina de castigar 8 escravos de pele clara deixando-os serem picados por víboras e os vendo implorar por cura até ele diluir 3 gotas de seu sangue em uma mistura de ervas em água quente e dar a eles que retomaram suas energias vitais.

- Obrigado sr.

- Nunca mais se esqueçam eu sou o seu grande amo.

- Sim.

- Saiam. Eles saem levando em seus corpos marcas das presas das serpentes, Murana entra ali e lhe diz que Omar quer ve-lo.

- Diga a ele que ja vou, sirva para ele o licor persa.

- Sim.

Omar sentado num banco em estofado de pele de onça parda com almofadas em tecido egipicio.

- O que foi Omar?

- Não trago boas noticias.

- Diz logo, eu saberei se são tão más assim.

- Nefany esta neste momento na presença de Merlin.

Moraz contorce todo o corpo e seus olhos ficam de um vermelho vivo.

- O que me diz?

- Ela foi junto de Hélida, Jezel e outras para Balt's lá Hélida resolveu que todas deveriam ir para o castelo de Merlin.

- Aquele Palácio imundo.

- O fato é que estão lá.

- Como sempre Hélida tentando me derrubar.

- Ela quer que o despertar ocorra sem problemas.

- Mais vai acontecer é o que todos queremos.

- Sim.

- Quanto ao bloqueio?

- Foi anulado, Nefany fez tudo como combinado.

- Deve ter feito, mais com certeza Merlin já reforçou e com Hélida a frente só me resta ajir com mais ação.

- Ação?

- Isso não lhe diz em nada, pode ir.

- Sim.

Omar sai dali mais ao passar pela porta Murana o para, Moraz logo atrás dele.

- Pensando bem, acho que tenho outro serviço agora para ti.

- O quê...

Moraz faz Omar adormecer e quando este acorda só vê uma lâmina vindo ao seu pescoço.

Ali na casa de Hélida em meio ao roseiral amanhece, um grande poste de madeira ali com o corpo de Omar preso nele faz as serviçais gritarem em desespero.

Hélida é chamada e retorna deixando Jezel e as outras aos cuidados de Gildez no Palácio de Merlin.

- Quem fez isto?

- Não sei senhora.

- Claro que não sabe. Hélida move os braços e o tronco desaparece cai em em seus braços e encontra preso a este 3 papéis amarelos com runas diferentes.

- Omar foi morto por Moraz. Vanda empalidece.

" E ASSIM QUE A NOITE SURGIR DIGA AS BRUXAS PARA QUE FIQUE BEM PERTO DE SEUS CALDEIRÕES E NUNCA OFEREÇA POÇÕES DE AMOR OU FORTALEÇA TENRAS AMIZADES. POR QUE ESTAS MESMAS SERÃO AS RUINAS DE SEUS DOMÍNIOS NESTE MUNDO. AINDA QUE OUÇAM O CHORO DOS BEBÊS CORTEM OS DEDOS MAIS NÃO SAIAM AO SOCORRO, POR QUE TUDO QUE SE LAMÚRIA E ENTRISTECE PODE SE TORNAR UM FAMIGERADO ALIMENTO. "

1989 - Jezel ali em sono profundo é dado por Jocâ um retrato de Elisio que faz a bebê mesmo que inconsciente sorrir, isto faz Hélida gritar aos nervos.

- Ja te disse que não teste a humanidade dela.

- Por que?

- Os bruxos são delicados, sensíveis porém altamente vingativos.

- O que tem haver?

- Quando sorri, você sabe que aquele se torna?

- Um grande desconforto.

- Sim e com este já são mais de 11.

- E agora?

- Ja chega Jocã, sua visita fora bem proveitosa mais acho que ja esta na hora.

- Entendo, devo partir.

- Sim.

Após um forte abraço ele assovia e um gavião pousa na área, ele diminui de tamanho até ficar um pouco maior que um sapo e a ave o leva.

Hélida profere um tiro e todo jardim muda dando um lugar para frondozas árvores africanas e patos passeiam por entre muros de trepadeiras, as roseiras crescem agora mais ao norte e bem mais coloridas, amarelas e azuis.

02082017 -----------------------------------------------------------------------------------

paulo fogaça e IONE AZ
Enviado por paulo fogaça em 04/08/2017
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