JEZEL 4 DE PAULO FOG E IONE AZ

"AQUELE OUTRO VELHO ALI DETRÁS DA ANTIGA FONTE TROUXE CONSIGO UM MAR DE PESTES E MALDADES. A QUEM DIGA QUE ELE ESTEVE JUNTO DE J DURANTE A FESTA PERMITIDA."

1987 - Ouve-se um barulho, Hélida corre até a sala sombria, ao chão de joelhos uma serva chora implorando clemência, o berço onde Jezel repousa esta flutuando no ar.

Hélida com toda paciência profere um rito que finaliza em abaixe-se em grego, este retorna ao chão.

- Até parece que é a primeira vez que veem algo assim acontecer?

- Mais senhora é a primeira vez.

- Como assim?

Vanda abre a porta neste instante.

- Vanda.

- Sim.

- No meu escritório.

- Sim.

Vanda dá ordens para que a serviçal que sai cabisbaixa e segue para o escritório de Hélida.

- Como assim uma outra?

- Tivemos problemas em contratar na terra de Luary.

- E ai decidiram que terrenos poderiam andar pela casa?

- Era isso ou as fadas.

- Jamais.

- Tudo bem pode retornar para seu trabalho.

- Sim.

- Não esqueça de quando acabar o turno dela e de outras em tais situação pague e dispense.

- Sim.

- Eu arrumarei um bom pessoal.

- Sim.

Vanda sai dali e Hélida abre a porta de um antigo armário de onde tira um vidro com areia, despeja um tanto no chão e profere um pequeno rito em latim, a areia move-se no chão quadriplicando o volume, logo a sala torna-se um mar de areia e desta sai 8 jovens negras em poucas vestes somente trapos a cobrir o ventre e os seios.

Também sai um jovem de cor parda, olhos verdes e cabelos esverdeados a bater nos ombros, este surge sem qualquer vestimenta.

- Reave-se. Diz Hélida em latim e a areia diminui retornando ao vidro.

Ali frente a ela as moças e o rapaz que ela lhe dá um manto para o cobrir.

- Não se esqueçam, lhes tirei da areia e a posso lhes mandar de volta.

- Sim.

- Quero que cuide bem dela.

- Sim.

- Vocês mulheres serão Jasmim.

- Você homem será Jeão.

- Sim.

- Agora vão, Vanda lhes dará os uniformes pertinentes a cada função.

- Sim.

Eles saem dali prestando reverências a Hélida. Vanda lhes dá as roupas de acordo com o feitio e Jeão fica todo invocado em sua calça preta, camisa branca, colete preto e sapatos brancos.

- Estou bonito?

- Sim.

- Já faz um bom tempo Heraz.

- Sim desde que me mandaste aquele lugar e lhe trouxe o que queria tanto.

- A vela dos mortos.

- O que quer agora?

- Algo mais fácil.

- Sim.

- Preciso que me traga o livro das almas.

- Impossível.

- Deixe disso Heraz. Hélida despeja na mesa frente a ele mais de 9000 der's.

- Nem todo dinheiro é o suficiente para isso.

- Sabia que ia me dizer tal coisa por isso decidi melhorar a oferta.

Hélida tira debaixo da mesa um espelho médio oval e segurando mostra para Heraz, este vê e logo o reflexo muda para uma jovem em trajes victorianos e cabelos em tranças.

- Izabel.

- Sim a tua doce Izabel.

- Me dê.

- Depois que tiver o livro ela será tua.

- A quero.

- Eu sei.

- O que me pede é impossivel.

- Não, bobagens suas. Heraz num movimento rápido pega o espelho e o joga no chão mais nada acontece, Hélida estala os dedos e este retorna para sua mão.

- Sua bruxa maldita.

- Igual a todas, inclusive a ela.

- Izabel era boa.

- Não sei, só sei que foi enforcada.

- Pare.

- Eu a vi, naquela árvore junto de tantas outras que graças Merlin conseguiu recolher o xímem.

- Eu trarei.

- Sei que trará.

- Preciso de mais der's.

- Tem tudo que vai precisar com Vanda.

- Não sei como Merlin confiou tão missão a ti.

- Pois é, talvez não houvesse outra de classe alta.

- Que classe Hélida?

- Olhe melhor que saia, antes que eu traga a Neuth o guerreiro de Kall.

- Não temo mais a ele.

- Será, soube que traz consigo a lança de Eufrates.

- Odiósa.

- Adeus. Heraz desaparece e Hélida serve uma taça de chilt, uma espécie de bebida com néctar de insetos pragas e suco de milho fermentado.

- Do jeito que gosto. Acende uma vela preta e desenha no chão uma runa e ao pisar nesta desaparece.

DIAS ATUAIS - Jezel acorda toma suco, pão, frutas e retorna para seu quarto onde dedica horas ao estudo de magias bloqueadoras curso este feito e dado por Helizar, após almoça e repousa um pouco, logo começa as aulas de defesas de maldições e ataques a demônios este dirigido por Hélida e Heraz.

Omar surge no meio da aula trazendo uma cesta com frutas desconhecidas deste mundo.

- O que faz aqui?

- Calma Hélida vim visitar a púpila da ordem.

Jezel vem a ele.

- Que bom te ver Omar.

- Digo-lhe o mesmo princesa.

- Princesa?

- Não disse a ela Hélida?

- Vai logo diga o que quer?

- Vamos ficar por 3 dias neste mundo.

- Podem ficar aqui.

- Obrigado Hélida. Jezel sorri e pisca para Omar que retribui, as aulas de Jezel continuam e Omar entra na sala onde Nefany toma chá trazido por uma serviçal.

- Delicioso.

- É de quê?

- Flores indianas.

- Verdades sejam ditas Hélida sabe muito bem como recepcionar suas visitas.

- Como sempre. Outra serviçal vem ali e lhes diz que o quarto deles esta pronto e um garoto de pele escura ajuda Omar com as bolsas.

Dentro do quarto Nefany beija Omar e senta na cama.

- Me dê o que trouxe.

- Sim. Ele enfia a mão no casaco e deste tira um saco médio de feltro velho.

- Meus agrados.

- Não sei por que quer fazer isso.

- Devo isso você sabe a quem.

- Se Hélida souber.

- Só se o grande amor dela disser.

- Eu não gosto dela.

- Mais ela o ama.

- Você quem diz.

- Eu e todas da Ordem diz.

- Gozado eu não ter ouvido.

- Oras cuide para que ela não descubra.

- Tudo bem. Nefany sai dali indo parar frente a porta do quarto de Jezel.

- Como imaginava uma barreira mágica. Ela tira do saco um pó rosa e sopra na porta logo esta é aberta e ela entra.

Dentro do quarto ela mexe nas coisas de Jezel e despeja nos cantos um pó cinza, borrifa um liquido vermelho na cama dela e faz alguns ritos e sai dali.

- Pronto.

- Graças não fui descoberta.

- Você brinca com coisa séria.

- Um dia Omar você vai me agradecer.

- Agora vamos descer.

- Sim.

Omar e Nefany descem para a sala, Hélida ali a tomar chá de urtiga com unha de gato.

- Hélida querida.

- Nefany.

- Como sempre amável.

- Não para ti.

- Obrigado por nos receber.

- Por 3 dias.

- Talvez menos.

- Veio a mando de quem?

- Como assim?

- Qualquer um sabe que só vem para este terreno a mando de alguém, bruxo ou demônio desta vez?

- Não, eu preciso colher ervas terrenas.

- Hoje se tem todas elas no mercado de Tarf.

- Pode ser, mais prefiro ainda buscar na selva.

- Na floresta você quer dizer.

- Sim.

- E com certeza fazer alguns tratos com os espiritos de 3º e 4º daqui terrenos?

- Jamais, não pratico isso.

- Sei, bem a mim pouco importa, mais já que vão ficar seria bom que Omar desse algumas aulas a Jezel sobre ervas.

- Farei isso.

- Ah, nao esqueça Nefany, Moraz traiu seu clã no passado.

- Eu sei disso.

- Então não faça bobagens.

- Esta bem. Hélida sai dali deixando Nefany aos nervos.

- Viu como ela me trata, me juntando a escória, a balburdia renegada.

- Bem vamos aproveitar e colher as ervas afinal viemos para isso não?

- Sim, vamos. Nefany dá a mão a Omar e desaparecem.

21072017 -------------------------------------------------------------------------------

paulo fogaça e IONE AZ
Enviado por paulo fogaça em 22/07/2017
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