* UMA SERESTA, UM CONVIDADO ESPECIAL, MAS TUDO, DEU ERRADO NO FINAL! *

A rua aonde morava

A garota que eu namorava

Tinha pouca iluminação.

Mesmo assim,

Tomei uma decisão

E convidei o meu amigo

Dilson Poeta

Para abrilhantar a seresta

Com o seu violão

Prontamente ele aceitou

E com dia marcado

Também concordou.

No dia determinado

Logo cedo ele me ligou

Para combinar

A hora e o lugar

Pra gente se encontrar.

Lá pela meia-noite

Nos encontramos

No lugar marcado

E por um amigo

Fomos alertados

Ele nos disse,

É bom ficar atento

Eu sei pra onde vocês

Estão indo,

Por isso, estou

Aos dois prevenindo.

Pra fazer seresta

Sinceramente, naquela rua

Não presta

Pois ali, transita muito ladrão

Cuidado!

Com o tantã

E o violão.

E ele continuou...

Seresta antigamente

Se fazia ali de montão

Mas agora,

Os tempos são outros

Meus irmãos.

Mesmo tendo isto escutado

Não desisti da intenção

E perguntei pro amigo

Dilson Poeta,

Se ele estava nessa comigo.

Sabe o que ele respondeu?

Não tenho medo do perigo!

E lá fomos nós

Eram duas da madrugada

E já de frente a janela

Da minha amada

Que pela luz acessa

Se percebia

Ainda estava acordada.

Na beira da calçada nos sentamos

E ali combinamos

De ficar aguardando

Até a luz a apagar.

Mas eu sabia que iria demorar

Porque até altas horas

Ela ficava a estudar

Se preparando pro vestibular.

E enquanto eu cochilava

O Dilson atento estava.

Era eu o interessado

Mas já estava bastante cansado.

Finalmente,

Lá pelas quatro horas

O Dilson me despertou

E disse:

A lâmpada agora ela apagou.

Então disse para o amigo.

Vamos dar um tempo

Antes dela adormecer

Vamos fazer

A seresta acontecer.

Quando íamos começar

Surgiram dois camaradas

Na esquina

Se já nos incomodava

A neblina

Imagine aqueles dois sujeitos

De andar desengonçado

E um tremendo rebolado

Como nos deixou assustado!

Quando eles se aproximaram

Olhei pro Dilson desconfiado

E falei baixinho

Um daqueles indivíduos

Esta armado

E a gente vai ser roubado.

Não deu outra,

Eles me roubaram o tantã

E do Dilson o violão

Que saiu correndo na escuridão

Gritando, pega ladrão!

Pelos gritos

Como sempre tão bela

Surgiu minha amada na janela

E assustada me perguntou,

O que fazes aqui a esta hora?

Eu respondi!

Ia fazer pra ti

Uma seresta agora

Mais dois sujeitos educados

Pediu o meu tantã

E do Dilson ,

O violão emprestado.

Eu prometo

Que quando eles nos devolver

A seresta, eu vou fazer acontecer.

Boa noite minha amada

Você esta cansada

E eu já estou indo

Pois o dia, já vem vindo!

Mais adiante,

Encontrei o Dilson poeta

Que já vinha da delegacia

Onde queixa havia prestado

Contra aqueles dois sujeitos

Que havia nos roubado.

Mas antes de qualquer coisa

Ele me disse

A gente bem que podia

Nosso amigo ter escutado

Ele estava certo

Nós, e que agimos errado.

Você perdeu o tantã

E eu o meu adorado violão

Agora não adianta

Chorar o leite derramado.

IVANILDO NUNES

05/05/2017

Ivanildonunes
Enviado por Ivanildonunes em 15/07/2017
Reeditado em 17/07/2017
Código do texto: T6055403
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