Torre de libertação
Manhã de sol ilumina o tempo, ainda é cedo, poucos são os visitantes desse paradisíaco lugar.
A jovem caminha com seu vestido branco enfeitados por pequenos bordados.As nuvens flocadas enfeitam o céu nesse dia cheio de luz. A morena solar observa a Torre e caminha um pouco mais e sobe até um pequeno espaço com uma janela aberta para a imensidão azul.
Do alto da torre, misto de contemplação, lembranças, coração despedaçado e triste. Uma brisa fresca toca lhe a face cor de canela e de alguma forma parece fazer um carinho, parece conversar e secar a chuva que cai dos olhos castanhos misturadas a soluços silenciosos.
Os pensamentos consomem, questionamentos, permeiam culpa de que?
O coração esta partido.
Culpa de quem?
Não há culpados.
Não há culpas no amor.
Seu olhar perdido vislumbra a tela natural.
- Poderia fazer como Ismália que enlouquecida fez um vôo mortal.
Faltou amor próprio.
Apesar do seu lamento pensativo, tomou uma atitude sábia e de repente diz:
- Prefiro comenter outro crime!
Respira fundo, olhos fechados e agora um sorriso timidamente surge em meios aos raios de sol emoldurando seu rosto moreno.
-Definitivamente hoje e sem direito a luto.
Se liberta gritando alto ecoando na janela da torre.
TE MATO DENTRO DE MIM.
Ana Cleide Souza Aníssima