Historias Infantil O balanço

Ali ela estava, brincando no seu balanço de cordas amarelas e olhando os pássaros que passavam voando para os galhos e as folha que caiam do alto das árvores.

Os raios de sol alaranjados brilhavam sobre os seus cabelos ruivos e crespos.

De repente.

A menina fitou o olhar para o alto e gritou:

Mamãe! Vem ver! Mamãe vem!

Alice sua mãe, não entendia o que a menina estava vendo nos galhos da arvores que se aproximava cada vez que sua mãe dizia Mamãe ja vai. Calma Alia.

Aila, Mas Aila. não Espera.

Corria na direção de uma gigantesca arvore milenar.

Parecia que algo a atraia para aquela suave brisa da sombra do Jacarandá.

Alice viu quando Aila caiu sobre o tronco de raízes retorcidas e gritou.Aila ,Aila você se machucou?

Não mamãe ,não estou bem. Aqui eu me sinto feliz . Sinto o cheiro do Vovô a da Vovó entre a brisa que passa.

Fica comigo, mamãe.

Filha, não podemos ficar.Precisamos voltar para casa.

Sim mamã, só vamos ao entardecer.Vamos ver o por do sol.Eu estive aqui com meus avós há muito tempo e eles me mostraram que contemplar o belo é fazer das pequenas coisas um espetáculo aos nossoa olhos.

Aila abraçou sua mãe, e ali ficaram até o por do sol.

Os raios de sol iluminavam seus pequenos olhinhos azuis e o vento fazia seus finos cabelos loiros flutuarem sobre o céu azul, enquanto balançava de um lado a outro.

O sorriso no rosto revelava tamanha felicidade por estar ali.

Não tinha amigos, primos ou irmãos para brincar, mas tinha seu fiel balanço.

E afinal, por que iria querer algo a mais se o que tinha já lhe era o suficiente?

Um dia a chuva veio, e trouxe com ela a tristeza da garota que não podia mais brincar em seu balanço.

Ficou dias sentada em frente a janela, olhando o balanço e aguardando a chuva passar para voltar a brincar com seu querido brinquedo. A chuva se estendeu.

Passaram se dias, semanas, meses, anos e nada da chuva acabar.

A garota que um dia esboçou um sorriso verdadeiro, agora crescera uma mulher triste e vazia, tentando preencher o buraco no peito com futilidades e tarefas de trabalho.

Os jornais que costumava ler apenas contava noticias sobre violência, corrupção e tragédias, enchendo sua cabeça com uma realidade cruel, desumana e sem cor, igual o jornal de papel que segurava horas e horas, sem ler ao menos um final feliz. Parecia ser uma realidade onde não se tinha como fugir. Pois estava em tudo que via. Televisão, rádio, filmes. Tornando essa triste realidade em uma rotina.

Um dia enquanto andava pela rua, um vento muito forte fez com que seu guarda chuva voasse tão alto que não conseguia mais pegar.

Era como se alguém o puxasse com força de suas mãos. O vento foi se distanciando junto com o guarda chuva que sumia cada vez mais entre as nuvens.

Foi quando se deu conta de que não chovia mais. O chão ao menos estava molhado. Na realidade estava um ótimo dia de sol.

E naquele momento mais uma vez a luz do sol refletiu em seus olhos. Ela tentou avisar as pessoas na rua que continuavam andando cada um com sua individualidade, cabisbaixas e ainda segurando seus guarda chuvas. “A chuva acabou, larguem seus guarda chuvas que o dia está ensolarado! ” mas eles nem mesmo olharam direito para ela, e alguns até comentaram “iih essa é loca!”.

Percebendo que mesmo que insistisse, as pessoas não poderiam entender poque não conseguiam ver tudo aquilo, pareciam hipnotizadas, caminhou de volta para casa e para sua surpresa, ali estava parado o velho balanço e com ele suas melhores recordações.

Sentou-se e ali ficou ficou brincando. Os raios de sol iluminavam seus pequenos olhinhos azuis.

O vento fazia seus finos cabelos loiros flutuarem sobre o céu azul, enquanto balançava de um lado a outro.

O sorriso no rosto revelava tamanha felicidade por estar ali.

Não tinha amigos, primos ou irmãos para brincar, mas tinha seu fiel balanço.

E afinal, por que iria querer algo a mais se o que tinha já lhe satisfazia?A garota que já chorou, mas já divertiu muita gente, que pode ser a melhor amiga, ou até mesmo fazer você se tonar imprestável. Que não mede em elogiar ninguém, mas adora ser elogiada e até mesmo dizer tudo que sente. Sinceridade em primeiro lugar, que já brigou, reclamou e gritou para conseguir algo. Que faz charme, é fazida quase sempre é manhosa. Sedução através do olhar e malícia em algumas palavras que a tornam diferente. Que adora estar com as amigas, mas ama ficar sozinha sem nada nem ninguém para encomodar. Dá a vida por alguém, por mais inútil que ele seja. Que já foi amada e odiou, que amou e foi odiada, que caiu e levantou incalculáveis vezes. Onde o dia mais perfeito tonou-se algo relativamente nojento e onde seus dias de tédio se tornaram algo inesquecível. Cada paixão, uma história, do ponto mais engraçado, até o mais trágico. Alguém nem melhor, nem pior que você. Que faz amigos, mas cultiva os velhos, onde a família tem um lugar reservado em todas as ocasiões.Que sempre olha o lado bom das coisas!

escritorafatimacoelhosoar
Enviado por escritorafatimacoelhosoar em 02/07/2017
Reeditado em 09/02/2024
Código do texto: T6043451
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