Prazer Sou O Machado

Mini conto!

Hoje sou apenas uma ferramenta encostada, enferrujada. Um objeto arcaico, obsoleto quase em total desuso, sem cabo, sem corte. Mesmo não querendo, usavam-me, como uma criminosa ferramenta, uma arma letal. Sim...! Na mão dos homens, tornara uma arma, impiedosa, imponente, devastadora...! Na mão dos homens, derrubara muitas árvores, sangrara enormes florestas, matara aos poucos a beleza mãe natureza. Juro... Eu não queria...! Mas empunhavam-me com violência, sendo forçado, obrigado a derrubar, derrubar, derrubar... Juro... eu não queria...! Muito chorei, ao ver gigantescas e seculares árvores, caírem, ruírem, desabarem. Mas o homem volúvel, ordinário, agressivo, empunhara-me com força, com arrojo obrigara-me, a sangrar, a mãe natureza. Juro... Eu não queria...! Não queria...! Hoje, tornara-me peça de museu. Fora eu... Na mão dos homens, uma arma letal, um criminoso fatal. Muito Prazer sou o Machado.