Será que eles não vem?
Todos os dias pareciam ser iguais, não importava o que fizesse, eles pareciam muito iguais... Ela arrumava as camas, colocava as toalhas de banho para tomar um sol, ( pois não era hábito trocá-las todos os dias, como nos hotéis), ajeitava as camas, as vezes pensava se deveria trocar os lençóis, já que toda noite tinha pesadelos, e transpirava muito, pois acordava encharcada de suor... Mas, pensando melhor, não...isso desgasta o tecido, já já tinha que comprar mais, já que aqueles vieram no seu enxoval, e isso já distava uns 20 ou 30 anos... Mas hoje seria diferente! Sai dali para ir para a cozinha, uma melancolia gostosa toma conta de seu coração, sabia de ante mão que teria que fazer diversos pratos, pois um gosta disso, o outo daquilo, e alguns...(suspira profundamente) não gostam de nada, mas fazer o que era assim, não iria mudar, ouve lá fora o barulho de crianças brincando riem muito, seria sua imaginação? Afinal, aquela casa, não via crianças a muito tempo, e por isso estava ali preparando tudo com tanto carinho...Faltava agora apenas a sobremesa, vamos ver, - pensou, acho que farei um creme cor-de rosa, e gelatina colorida, eles gostavam tanto, naquele tempo, e hoje com tudo tão industrializado, tudo parecendo isopor, será que gostariam ainda... Mais uma vez vai até a janela, debruça-se olha a distância no final da rua, nenhum sinal... vai até o armário grande, escolhe sua melhor toalha, e estende na grande mesa de oito lugares, distribuí os pratos, talheres. copos, novamente aquela sensação de aperto no peito, e ouve sussurros,de crianças brincando... Meu Deus, estou ansiosa, pensa, essa minha cabeça anda me pregando peças, olha-se no espelho, seu cabelos prateados estão desarrumados, num suspiro de inquietação, prende-o num coque e novamente olha o relógio de parede, quase treze horas... vai lentamente até a janela debruça-se e pergunta quase inaudivelmente: - Será que eles não vem?
Todos os dias pareciam ser iguais, não importava o que fizesse, eles pareciam muito iguais... Ela arrumava as camas, colocava as toalhas de banho para tomar um sol, ( pois não era hábito trocá-las todos os dias, como nos hotéis), ajeitava as camas, as vezes pensava se deveria trocar os lençóis, já que toda noite tinha pesadelos, e transpirava muito, pois acordava encharcada de suor... Mas, pensando melhor, não...isso desgasta o tecido, já já tinha que comprar mais, já que aqueles vieram no seu enxoval, e isso já distava uns 20 ou 30 anos... Mas hoje seria diferente! Sai dali para ir para a cozinha, uma melancolia gostosa toma conta de seu coração, sabia de ante mão que teria que fazer diversos pratos, pois um gosta disso, o outo daquilo, e alguns...(suspira profundamente) não gostam de nada, mas fazer o que era assim, não iria mudar, ouve lá fora o barulho de crianças brincando riem muito, seria sua imaginação? Afinal, aquela casa, não via crianças a muito tempo, e por isso estava ali preparando tudo com tanto carinho...Faltava agora apenas a sobremesa, vamos ver, - pensou, acho que farei um creme cor-de rosa, e gelatina colorida, eles gostavam tanto, naquele tempo, e hoje com tudo tão industrializado, tudo parecendo isopor, será que gostariam ainda... Mais uma vez vai até a janela, debruça-se olha a distância no final da rua, nenhum sinal... vai até o armário grande, escolhe sua melhor toalha, e estende na grande mesa de oito lugares, distribuí os pratos, talheres. copos, novamente aquela sensação de aperto no peito, e ouve sussurros,de crianças brincando... Meu Deus, estou ansiosa, pensa, essa minha cabeça anda me pregando peças, olha-se no espelho, seu cabelos prateados estão desarrumados, num suspiro de inquietação, prende-o num coque e novamente olha o relógio de parede, quase treze horas... vai lentamente até a janela debruça-se e pergunta quase inaudivelmente: - Será que eles não vem?